Geral

Jornais do mundo inteiro repercutem debate sobre ataques às escolas no Brasil

Para o Washington Post, o país foi 'infectado por uma doença tipicamente americana'

15 ABR 2023 • POR Brenda Assis • 10h09
Reprodução/Instagram Washington Post

Desde os massacres em uma creche na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, e em uma escola na cidade de São Paulo, os ataques às escolas do Brasil tem sido pauta na mídia internacional.

O jornal norte-americano Washington Post afirmou em uma matéria na terça-feira (11) que os “massacres escolares não são mais um problema exclusivo dos Estados Unidos”. Segundo a reportagem, o Brasil foi “infectado por uma doença tipicamente americana”, após ter registrado 11 atentados nos últimos oito meses. “O Brasil teme que a carnificina esteja apenas começando”.

A rádio pública dos EUA, NPR, destacou o aumento recente nos casos tem influenciado o debate público. Segundo a reportagem, a sociedade “tenta entender o que tem causado os ataques e como evitar futuros massacres”. Para a reportagem, a “mentalidade de imitador” faz com que jovens brasileiros se inspirem em massacres famosos, como o registrado na Columbine High School em 1999, para causar novas mortes.

A agência de notícias Associated Press, ressaltou que ataques a escolas no Brasil têm ocorrido com maior frequência nos últimos anos.

A emissora norte-americana, CBS News mostrou na reportagem um relatório produzido pelo pesquisador Daniel Cara para o governo Lula (PT), onde mostra que de 2000 a 2022, foram registrados 16 ataques ou episódios violentos em escolas.

O inglês The Guardian apontou a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que descreveu o crime como “um ato de ódio e covardia”. O jornal indica ainda que “ataques a escolas no Brasil tem acontecido com maior frequência nos últimos anos” e relembrou o caso do ataque em São Paulo que vitimou uma professora de 71 anos.