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ANAC afirma que está trabalhando para que golpe da troca de mala não ocorra

Caso das brasileiras presas após bagagens serem substituídas em aeroporto acendeu um novo medo para o viajante brasileiro

14 ABR 2023 • POR Pedro Molina • 16h12
Foto: Reprodução/iStock

No dia 5 de março, uma viagem de lazer pela Europa virou pesadelo para as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que foram presas por tráfico internacional de droga após terem as malas trocadas por outras recheadas com cocaína durante uma escala em São Paulo.

O caso ganhou repercussão nacional e acendeu um novo medo para o brasileiro, principalmente nos que fazem escalas internacionais no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde a troca de bagagens ocorreu.

No entanto, ao JD1, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou que está trabalhando para acabar com as vulnerabilidades que permitiram que essa troca de malas ocorresse em primeiro lugar.

“A Agência está buscando, junto ao aeroporto e empresa aérea, adotar ações que visem corrigir eventuais vulnerabilidades no sistema de despacho de bagagens internacionais”, disse nota do órgão enviado ao portal.

Apesar do acontecimento, a ANAC afirma que não há motivo para pânico, e que a regulação brasileira “está alinhada com as regras praticadas por outros países como Estados Unidos e Canadá, bem como com a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI)”, órgão responsável por ditar as diretrizes da aviação nacional e internacional.

 “Assim, reafirma-se a existência de requisitos, procedimentos e fiscalizações que garantem a segurança do fluxo de passageiros e cargas no transporte aéreo internacional brasileiro”, finalizou a nota.

Entenda o caso

O casal de brasileiras saiu de Goiânia, com destino final na Europa, em celebração a um marco na vida delas. No Brasil, elas fizeram uma última escala, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Foi durante essa escala que as malas das brasileiras foram trocadas por outras com 20 kg de cocaína cada.

Ao chegarem em Frankfurt, na Alemanha, última conexão antes do destino final em Berlim, as duas mulheres foram presas pela polícia local após duas malas cheias de droga em seus nomes serem encontradas no bagageiro da aeronave.

Investigação

A prisão das duas acendeu um alerta, e a Polícia Federal (PF) em Goiás começou a investigar o caso.

Um fator, no entanto, apontou logo de primeira para a inocência das brasileiras: a diferença na cor das malas.

Durante as investigações, a PF teve acesso às imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, onde o casal embarcou para a viagem.

Os vídeos do aeroporto goiano mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta, porém, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, imagens mostram que as bagagens despachadas eram outras, totalmente diferentes das pertencentes às brasileiras.

Os funcionários terceirizados, responsáveis por todo o processo de transferência da mala de uma aeronave para outra, meticulosamente trocaram as etiquetas das bagagens e as substituíram por duas diferentes.

Liberdade

Após um longo processo diplomático entre o Itamaraty e o governo alemão, Paollini e Kátyna foram soltas na última terça-feira (11), e chegaram ao Brasil na manhã desta sexta-feira (14) no Aeroporto Internacional de Brasília.

O casal gravou um vídeo agradecendo o trabalho da Polícia Federal, que foi o principal responsável por inocentar as duas e garantir que elas não cumprissem a pena por um crime que não cometeram. Confira:

 

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