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Dia do Desenhista: Como artista da Capital faz renda ensinando crianças

"Nunca foi por dinheiro, faço porque gosto e me deixa feliz", afirma João Miguel Ferrez

14 ABR 2023 • POR Sarah Chaves • 11h37
João Miguel Ferrez, 26 anos - Arquivo

Entre lápis, tinta, grafite e pincel, neste sábado (15), é comemorado o Dia Mundial do desenhista, para aqueles que por dom, ou esforço vivem para colocar suas ideias no papel ou nas telas.

Em razão desta data, o JD1Notícias conversou com um desses artistas que começou a desenhar desde que conseguiu “segurar um lápis na mão”. Agora, aos 26 anos, João Miguel Ferrez passa o conhecimento adiante. “O que me influenciou e motivou na época,  uns foram os colegas e vizinhos, mais velhos que adoravam desenhar personagens como os de Dragon Ball. Foi aí que eu tentei ficar cada vez melhor, para tentar impressioná-los. Coisa de criança”, falou Miguel.

Ele se especializou e fez um curso e conta que se inspira na música e no que está sentindo. “Gosto muito de desenhar e sou inspirado por corpos, quase sempre a figura humana, movimento, luz e sombra e rostos”.

Miguel conta que não pensava em “viver de arte” e a oportunidade apareceu depois que ele terminou o curso de desenho. “Eu recebi a oportunidade de dar aula ali mesmo, junto às minhas duas professoras, Sandra Campanato e Erica Campanato. Após o espaço de artes delas fechar, fiquei sem saber por qual caminho seguir”, desabafou. Mas incentivado pela dona do lugar, em 2022 ele abriu o próprio ateliê, onde ensina crianças. “Nunca foi por dinheiro, faço por que gosto e me deixa feliz”.

O artista ainda reflete sobre a importância de dar aulas para os mais jovens. “Lá é onde elas [crianças] dão os primeiros passos e surge a fagulha do interesse, e quando elas crescerem, decidem se querem se profissionalizar ou não”.

Para um desenho realista, é melhor ter um lápis mais macio ou um esfuminho 

Ele finaliza com dicas, para quem acha que para começar a desenhar precisa ter muitos materiais caros, ou uma habilidade extraodinária. “Se for fazer um desenho hiper-realista, talvez seja melhor ter um lápis mais macio para tons mais escuros ou um esfuminho pra homogeneizar o degradê. Mas se você só quer praticar ou tem uma ideia na cabeça e quer passar para o papel, qualquer lápis decente e uma borracha já resolve seu problema. Aos poucos o desenhista vai entendendo como funciona os materiais e se ele serve ou não.

Hoje, no ateliê Recreart, João Miguel trabalha com algo que gosta, apesar de ser até 'meme' o fato de que arte em sua maioria das vezes não garantir um futuro rentável, Miguel afirma que sempre dá um jeito. “Eu lembro que os meus antigos empregos eram tudo que eu não queria e continuo no meu caminho”.

Para conferir o trabalho feito com crianças e adolescentes no Recreart acesse o Instagram ou entre em contato pelo (67)9-9344-2970.