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"Consequências são sérias", diz delegada para casos de ameaças em escolas

Adolescentes podem responder por falsa identidade, por provocar alarme e ameaça, e até mesmo ter internação decretada pela justiça

10 ABR 2023 • POR Karine Alencar • 13h15
Delegacia onde os casos de ameaça estão sendo registrados - Foto: Karine Alencar

Adolescentes que ameaçarem a prática de massacres em escolas sofrerão consequências graves, foi o que alertou a delegada Daniela Kades, da DEAIJ (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), nesta segunda-feira (10).

Segundo ela, desde a última quarta-feira (05), quando ocorreu o ataque que vitimou quatro crianças no centro de educação Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), Campo Grande chegou a registrar oito casos de ameaças.

“Todas essas crianças estão respondendo por provocar alarme e ameaça. Às vezes usam perfis falsos e vão responder por isso. Eles são trazidos para a delegacia, além de responder administrativamente pela escola. Lá dentro é instaurado procedimento através da DEAIJ.  Eles podem responder por falsa identidade, por provocar alarme e ameaça, se tiverem armas, faca, simulacro, ou coisas assim, também podem responder, as consequências são sérias. Podem até ter a internação determinada pelo juiz da Vara da Infância e do Adolescente”, frisa.

Apesar de algumas crianças e adolescentes gravarem vídeos na “brincadeira” ou em “desafios” nas redes sociais, os conteúdos serão investigados mesmo se forem apagados. “Todo conteúdo está sendo resgatado, todo aparelho de telefone celular, computadores, estão sendo apreendidos e vão ser periciados. Já tem um pedido de quebra de sigilo nessas redes e nesses aparelhos, são casos que estão tendo investigações a fundo”, destaca.

Ainda de acordo com a delegada, o monitoramento segue sob reforços desde quinta-feira. “A polícia junto do Ministério da Justiça está trabalhando nisso, e foi montado uma força de segurança para atuar em âmbito nacional. Porque isso não é um fato só daqui, então há sim um olhar voltado para essa fiscalização mais severa nas unidades escolares”, conclui.