Cidade

Superlotada, Santa Casa opera com falta de capacidade para atendimentos

Hospital emitiu nota para alertar dificuldades enfrentadas

3 ABR 2023 • POR Karine Alencar • 11h48
Pacientes em uma das alas de atendimento do hospital. - (Foto: Ascom Santa Casa)

Superlotada e com atendimentos acima da capacidade, a Santa Casa opera suas atividades em situação de calamidade. Na manhã desta segunda-feira (3), a unidade de saúde referência no Estado, divulgou nota à imprensa, para alertar sobre as dificuldades enfrentadas.

Segundo a entidade, somente na área vermelha do pronto-socorro, há 24 pacientes em atendimento, sendo que a capacidade é de seis pacientes. Atualmente, 20 pessoas estão internadas aguardando leitos de terapia intensiva e enfermaria; quatro em ventilação mecânica (intubado); um realizando hemodiálise sem monitoramento e outro em estabilização clínica.

Na área verde do Pronto-socorro, há 43 pacientes; 28 estão internados e os demais em observação aguardando leitos de enfermaria e centro cirúrgico ainda sem previsão. A ala também possui capacidade para alocar seis macas.

Em nota, o hospital disse ainda, que aguarda a chegada de mais cinco pacientes graves para a área vermelha e mais 11 para área verde, mesmo sem condições de prestar atendimentos.

Já na área pediátrica, seis crianças estão em estado grave de saúde, em atendimento na área vermelha; cinco deles estão em intubação. A capacidade técnica de acomodação e tratamento no local é de apenas três leitos com ventilação mecânica.

Já na área verde, onde a ocupação é de sete leitos contratualizados, a Santa Casa tem 10 pacientes; sete internados e mais três em observação, além de aguardas mais dois pacientes graves para a área vermelha.

“Neste momento, em decorrência da superlotação em setores importantes do hospital, não temos condições de receber novos pacientes devido ao risco de desassistência. Destacamos que a Santa Casa de Campo Grande tem assumido o seu compromisso de prestar a assistência adequada aos pacientes, mas o cenário que vivemos hoje torna-se um risco iminente, sob responsabilidade do médico regulador que encaminha os pacientes ao hospital. Destacamos ainda, que todas as autoridades envolvidas (SESAU, MP e CRM) e que são necessárias, foram avisadas da decisão em relação ao atendimento”, disse a nota.