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"Era ingênuo", amigos rebatem massacre contra homem morto a facadas pela ex

Carlos Henrique foi assassinado durante uma suposta discussão na madrugada de domingo, no Jardim Morenão

28 MAR 2023 • POR Brenda Assis • 17h21
Conforme amigos, Carlos e Josy tinham um relacionamento conturbado - WhatsApp/JD1 Notícias

Amigos de Carlos Henrique de Oliveira, de 42 anos, assassinado pela ex-mulher Josiley Fernandes Ribeiro, de 43 anos, no último domingo (26) procuraram a reportagem do JD1 Notícias para falar a respeito da maneira que ele está sendo massacrado nas redes sociais após ter sido taxado de agressor.

Conforme um amigo, de mais de 35 anos de amizade, Carlos era até um pouco ingênuo pois não tinha o perfil de ser um homem agressivo. “Ele nunca foi a favor de qualquer tipo de violência, seja contra mulher ou contra criança. O problema é que ele tinha um relacionamento conturbado com a Josy, com muito ciúmes e confusão”, relata.

O casal ficou aproximadamente 7 anos juntos. Ainda de acordo com o amigo, o casal já havia protagonizado uma briga "mais séria". "Uma vez teve um episódio que ela [Josiley] esfaqueou Carlos, em que ele foi encaminhado em estado grave para o hospital", disse o amigo. 

“Sempre falávamos para ele sair fora desse relacionamento. Para a gente, o Carlos falava que ia sair, mas volta e meia os dois voltavam a ficar juntos, porque ele gostava realmente dela”, comenta o amigo que preferiu não se identificar, por medo de sofrer represálias.

Segundo o conhecido de Carlos, uma ex-esposa de Carlos teria ainda ido até o velório e comentado que em todos os anos que passaram juntos, o homem nunca tinha sido agressivo. “Ela contou aos amigos que durante todos os anos em que esteve com ele, nunca viu um episódio de agressividade da parte do Carlos. Nunca gritou com ela, levantou a mão ou foi explosivo. Porque ele era assim, evitava confusão e briga”.

O primeiro casamento teria acabado por que Carlos queria ‘viver uma vida de solteiro’, mesmo estando acompanhado de alguém. Para os amigos, ele tentou viver isso enquanto estava com Josiley entrando cada vez mais em um relacionamento abusivo.

“Vemos todos os comentários nas matérias dos jornais e a indignação dos amigos e familiares é em relação a isso. Pessoas que não conheceram o Carlos comemorando, chamando ele de machão, dizendo que agora ele vai ‘abraçar o capeta’. Ele não era ruim, chegando a ser ingênuo”, relata.

Definido como calmo, meigo, de palavras mansas, os amigos agora querem justiça por Carlos e para isso o advogado José Trad foi contratado para acompanhar o caso. O JD1 tentou contato com o advogado e até o a publicação dessa matéria não obteve resposta.

Uma nota foi emitida pelo escritório, apontando que as versões dos fatos declaradas pela autora são contraditórias. “Acreditamos que não seja respeitoso, para com sua memória e momento delicado de sofrimento vivenciado pelos amigos e familiares, divulgar com foro de veracidade a versão da autora do crime, tendo em vista que a investigação se encontra em fase inicial e já aponta contradições na versão exposta”, diz um trecho do texto.

“Pedimos respeito a sua memória, responsabilidade e compromisso com a apuração isenta dos fatos”, finaliza a nota.

Dando direito de resposta, a nossa equipe procurou ainda o advogado indicado como defensor da autora do crime, mas também não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para qualquer manifestação.

 

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