Polícia

Moro sequestrado e liberação de Marcola faziam parte dos planos de facção, aponta PF

Operação descobriu plano contra autoridades e ao menos 35 mandados foram cumpridos em cinco estados, incluindo Mato Grosso do Sul

22 MAR 2023 • POR Vinicius Costa • 12h40
Plano de ataques foi desarticulado pela PF - Divulgação/PF

Durante as investigações da Polícia Federal para desarticular o plano de ataques de uma facção criminosa contra agentes públicos, houve a descoberta que a princípio aconteceria a tentativa de sequestro contra o senador Sergio Moro (União Brasil) e o pedido de liberação de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

O chefe da facção criminosa, o PCC, saiu do presídio do interior de São Paulo e está cumprindo sua pena no presídio de Porto Velho, em Rondônia. A mudança aconteceu em julho de 2019 e ainda há reflexos por partes dos faccionados que não aceitaram a transferência.

Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal desarticulou o plano de uma organização criminosa que mirava atacar servidores públicos e autoridades do país, provocando homicídios e extorsões com sequestro em pelo menos cinco estados brasileiros.

A Operação Sequaz conta com 120 policiais que estão cumprindo 24 mandados de busca e apreensão, além de 7 mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária, sendo em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. A ação também acontece no Distrito Federal.

Segundo informações publicadas pelo G1, a retaliação contra Moro era também pela alteração no regime de visitas em presídios. A principal ideia era sequestrar o senador e negociar uma possível liberação de Marcola.

Ainda conforme o site, pelo menos dez criminosos faziam 'a vigia' do político, e monitoravam não apenas ele, mas como sua família também. Moro alterou algumas portarias enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, mas deixou o cargo em 2020.

A investigação dos agentes ainda apontou que os alvos investigados alugaram chácaras, casas e até um escritório que era próximo ao endereço de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam detalhes da operação.

Sérgio Moro usou suas redes sociais para falar sobre o plano de retaliação que era organizado contra ele e outras autoridades pelo Brasil. "Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado", afirmou.

Outro alvo do grupo era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo, devido às investigações comandadas por ele.

Ainda de acordo com o G1, foram presos durante a operação: Janeferson Aparecido Mariano, Patrick Uelinton Salomão, Valter Lima Nascimento, Reginaldo Oliveira de Sousa, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, Claudinei Gomes Carias, Herick da Silva Soares, Franklin da Silva Correa.

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