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Conselho Federal de Psicologia emite nota criticando o uso da constelação familiar

CFP classificou prática como antiética e aponta falta de ética e de conduta profissional

3 MAR 2023 • POR Pedro Molina • 15h41
Foto: Reprodução

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou nesta sexta-feira (3) uma nota técnica que critica a prática da constelação familiar sistêmica devido à falta de ética e de conduta profissional no uso da dinâmica enquanto método ou técnica psicológica.

A constelação familiar, tipo de terapia que não é reconhecida nem pelo CFP e nem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), tem como objetivo resolver conflitos que são herdados de gerações passadas, através de dinâmica individual ou grupal, guiada por um facilitador conhecido como constelador, que não necessita ser um psicólogo.

A nota, elaborada a partir da revisão bibliográfica e entrevistas com profissionais da psicologia e de outras áreas que utilizam a técnica, destaca que, além de não ter comprovação científica, há incompatibilidade no uso da constelação familiar como prática da psicologia.

“O método não abarca conhecimento técnico suficiente para o manejo desses estados, o que conflita com a previsão do Código de Ética Profissional do Psicólogo”, diz trecho da nota do conselho.

O CFP classificou como antiético e não profissional o fato desse tipo de terapia “usar a violência como mecanismo para restabelecimento de hierarquia violada”, que atribui a meninas e mulheres a responsabilidade pela violência sofrida.

Além disso, o conselho aponta que a prática viola as diretrizes normativas sobre gênero e sexualidade que os profissionais da área de psicologia devem seguir.

 

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