Justiça

Comissão de Anistia julgará crimes contra os indígenas na ditadura

Indígena da etnia pankararu atuará como conselheira

27 FEV 2023 • POR Pedro Molina • 14h32
Foto: Acervo Fotográfico da Funai

A Comissão da Anistia nomeou, pela primeira vez desde a redemocratização do país, uma conselheira indígena para auxiliar a discussão, avaliação e julgamento dos casos de perseguição aos povos indígenas durante a ditadura militar.

Além da indicação inédita da advogada Maíra de Oliveira Carneiro, indígena da etnia pankararu, o colegiado contará, pela primeira vez, com uma mulher na presidência, a advogada Eneá Stutz. Além disso, um civil representará o Ministério da Defesa, o advogado da União Rafaelo Abritta.

À coluna Blog do Noblat, do Metrópoles, Eneá Stutz explicou que a integração de uma indígena na comissão fará diferença e trará justiça.

“Sempre tivemos uma certa dificuldade com essa temática porque nunca tivemos indígenas na comissão. Sempre a perspectiva dos brancos. E, veja, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) chegou ao número de 8 mil indígenas assassinados e a referência que temos é de que, até hoje, são 434 os mortos e desaparecidos pela ditadura. É um absurdo nuca termos conseguido dar voz a esses povos, o que esperamos alcançar agora, com uma conselheira indígena na comissão”, explicou.

 

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