Polícia

Quadrilha especializada em "saidinha de banco" é presa; um continua foragido

Criminosos roubaram cerca de R$ 300 mil durante ações violentas

16 FEV 2023 • POR Pedro Molina e Brenda Assis • 17h31
Delegados da Derf, Francis Freire, Fábio Brendalise e Edgar Punsky - Foto: Brenda Assis

Uma quadrilha especializada no famoso golpe da “saidinha de banco” foi presa pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Campo Grande. No total, o grupo de criminosos roubou cerca de R$ 300 mil de moradores da Capital.

Quatro criminosos foram presos, porém somente o executor dos crimes, de 36 anos, o olheiro dentro e fora da agência, de 42 anos, e o informante, de 26 anos, foram presos. O quarto criminoso, identificado como Breno Wellington Canteiro Souza, de 26 anos, continua foragido da justiça, com dois mandados de prisão expedidos em seu nome. 

Breno Wellington Canteiro continua foragido

Fábio Brendalise, delegado titular da Derf na Capital explicou a dinâmica dos crimes, que muitas vezes eram violentos.

“A Derf vinha acompanhando um grupo criminoso que praticou uma série de crimes majorados com emprego de arma de fogo. A especialidade desse grupo era a dita saidinha de banco, ou roubo de malote. Um dos indivíduos permanecia dentro das agências bancárias, por vezes nas imediações das agências, monitorando clientes que realizavam saques de alto valor” explicou.

Após identificarem quem sacou esses altos valores, eles seguiam a vítima até encontrarem um “momento ideal” para abordarem a pessoa e anunciarem o roubo.

Brendalise destacou que a violência do grupo sempre foi presente, tanto que em uma das ocasiões, durante uma tentativa falha de roubar uma corrente de ouro, a vítima foi baleada no ombro e deixada no local pelos criminosos.

O delegado também comenta quanto tempo a quadrilha atuou na Capital, com o primeiro crime sendo registrado em abril de 2019, e o último em maio de 2022, um período de pouco mais de 2 anos em que os criminosos realizaram, pelo menos, mais de 10 crimes.

Edgar Punsky, também delegado da Derf, explica que a tentativa de latrocínio foi um dos picos de violência do grupo, mas não foi o suficiente para interromper a sequência de crimes da quadrilha.

Em relação ao foragido, Punsky explica que ele era o responsável por abordar as vítimas, e é conhecido da Derf, já que durante o período em que participava da quadrilha, foi responsável por um roubo em uma joalheria da Capital, o que contribuiu para a investigação.

O delegado Francis Freire destaca que houve confronto com a polícia durante as atividades da quadrilha, com um dos criminosos sendo alvejado pela polícia, fato que é confirmado pela presença, até hoje, de um projétil disparado por um policial durante um dos confrontos.

Desde a desarticulação da quadrilha, em maio do ano passado, os casos de “saidinha de banco” foram diminuindo gradativamente na Capital, até desaparecerem.

Outro fator que contribui para a identificação dos criminosos foram imagens de câmera de segurança, que flagraram em dois momentos separados as atividades da quadrilha, incluindo a tentativa de latrocínio citada. Confira: