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Para não pagar pensão, ex-goleiro Bruno alega ser sustentado pela atual esposa

A defesa do ex-jogador do Flamengo contesta a indenização de R$ 650 mil ao filho com Eliza Samudio

21 JAN 2023 • POR Brenda Leitte, com G1 Notícias • 14h14
Ex-goleiro Bruno Fernandes e Eliza Samudio - Foto: Arquivo g1

Para contestar a indenização de mais de R$ 650 mil, a qual o ex-goleiro foi condenado pela Justiça de Mato Grosso do Sul a pagar ao filho com Eliza Samudio, a defesa do ex-atleta alega que a esposa dele, Ingrid Calheiros, é quem sustenta a família.

Ao g1, o advogado de Bruno, Wilton Edgar Acosta afirma que o ex-goleiro, que teve a liberdade condicional concedida pela Justiça do Rio de Janeiro, não tem emprego fixo.

“As alegações do Bruno são de que a situação financeira é muito diferente daquela que existia antes dos fatos que levaram ele à prisão, então a situação dele hoje é completamente diferente. Ele perdeu patrimônio devido a toda essa situação”, afirmou Acosta.

De acordo com a defesa, com a progressão de regime, Bruno está morando no Rio de Janeiro e morando com a esposa e os filhos. “A atual esposa dele está mantendo a família, o sustento da família. Por enquanto, ele tem se sustentado com isso, com a ajuda dela, mas ele está buscando trabalho, ele tem uma profissão, ele quer exercer a atividade de jogador de futebol e nessa área ele está buscando trabalho”, disse o advogado.

Para a concessão da condicional, a juíza Ana Paula Abreu Filgueiras, da Vara de Execuções Penais afirmou que Bruno preenche os requisitos desde abril de 2022. “O apenado [Bruno] desempenhou atividades laborativas após a concessão da progressão de regime e cumpriu regularmente as condições da prisão domiciliar”, completou a magistrada.

Loja de açaí fechada e pensão atrasada

Em fevereiro de 2022, Bruno inaugurou uma loja de açaí, na cidade de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. Segundo o advogado do ex-goleiro, o estabelecimento durou pouco tempo. “Ele tinha acabado de se estabelecer e teve que fechar as portas”, afirmou Acosta.

De acordo com a defesa, parte do dinheiro da venda do comércio foi utilizada para o pagamento de cerca de R$ 100 mil referente a pensões atrasadas de Bruninho, que mora em Campo Grande, com a avó materna. O ex-goleiro também arrecadou dinheiro na internet.

"Ele fez uma campanha de doação com simpatizantes e arrecadou o dinheiro para poder realizar o pagamento e não ir preso por conta desses pagamentos”, relatou o advogado.

Bruno atendeu servindo lanches na loja de açaí no interior do RJ - Foto: Arquivo Pessoal

 

Crime chocou o Brasil

Eliza Samudio desapareceu em 2010, e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade. Apenas em 12 de julho de 2012, após sentença publicada pela Justiça do Rio, Bruno se tornou legalmente pai da criança.

Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho com a vítima. O goleiro também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu. Após mais de dez anos da morte da filha, Sônia Moura, ainda tem esperanças de achar o corpo da filha.

 

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