Economia

Nova carga deve elevar o preço dos combustíveis a partir desta terça-feira

Os combustíveis devem ficar mais caros neste mês devido à recomposição do ICMS

2 JAN 2023 • POR Sarah Chaves e Taynara Menezes • 11h39
Valores diferentes são cobrados em postos da região central - Taynara Menezes/JD1

Com a última mudança de valores na semana do Natal, alguns postos de combustível de Campo Grande podem ter mudança nos preços a partir desta segunda-feira (2).

Uma Medida instaurada em 2022 isenta os combustíveis de serem vendidos com a cobrança de Pis/Cofins. Ao tomar posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória (MP) mantendo o benefício sobre gasolina e etanol por 60 dias. De acordo com o governo, a desoneração do diesel foi prorrogada pelo prazo de um ano.

Na gasolina, por exemplo, isso representa um impacto de R$ 0,69 na bomba. A expectativa do governo é que a nova direção da Petrobras, mude a política de preços da estatal e reduza os valores.

Em Campo Grande, os valores variam de R$ 4,69 a R$ 4,99. No Posto de Gasolina ao lado do Camelódromo, foi encontrado o valor mais baixo, de acordo com o gerente, o preço subiu 10 centavos na semana passada. "Hoje chega carga nova e teremos um parâmetro se terá aumento ou não", declarou.

Já em um posto da rua 26 de Agosto com a Calógeras, a gasolina está a venda por R$ 4,79. "Desde o Natal está esse valor e chegou hoje a nota com a recarga e já veio um aumento e a partir de amanhã muda o preço", falou o gerente ao comentar que alguns postos já vendem o combustível por R$ 5, preço visto na 14 de Julho com a Fernando Corrêa.

Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), caso PIS/Cofins e Cide voltassem a ser cobrados, o acréscimo nas bombas poderia ser de R$ 0,69. O diesel e o etanol, por sua vez, subiriam R$ 0,33 e R$ 0,26, respectivamente.

Mesmo assim, os combustíveis devem ficar mais caros neste mês devido à recomposição do ICMS, que teve a sua alíquota limitada no governo Bolsonaro, a fim de controlar os preços pouco antes da eleição. Agora, com o retorno das alíquotas originais desse imposto estadual, o consumidor vai sentir que está pagando mais caro. Mato Grosso do Sul foi um dos estados que abaixou a alíquota do ICMS em julho de 2022, de 30% para 17%.

Além disso, o preço cobrado nos postos depende da cotação do dólar e do valor do petróleo no exterior, já que a Petrobras adota uma política de paridade internacional.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro) afirmou ao JD1 que só irá falar sobre o assunto e o cenário dos combustível em MS após publicação da MP assinada por Lula.

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