Cidade

Revitalização na Feira Central terá 11,5 mil metros construídos em dois andares

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou que espera lançar licitação até março

29 DEZ 2022 • POR Taynara Menezes • 11h15
O lançamento da pedra fundamental da obra ocorreu na noite desta quarta-feira - Foto: Divulgação

Uma parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Campo Grande, realizará a revitalização da tradicional Feirona, Feira Central da Capital. Oprojeto prevê uma estrutura de 11.500 metros de área construída, distribuídos em dois andares, com investimento de quase R$ 40 milhões, a previsão é de que a licitação seja lançada até março.

O lançamento da pedra fundamental da obra ocorreu na noite desta quarta-feira (28), com a presença da prefeita de Campo Grande Adriane Lopes e o Governador Reinaldo Azambuja.  O Estado repassará R$ 25 milhões para complementar os recursos federais já alocados (R$ 14 milhões), com contrapartida do Município, totalizando R$ 39 milhões. 

“Com este recurso repassado pelo governado, a equipe da Sisep vai encaminhar toda a documentação necessária para os técnicos da  Caixa Econômica Federal avaliarem e  autorizarem a licitação de toda a obra. Acredito que este é o momento de recomeços, e essa feira traz isso aos comerciantes e traz para nossa cidade um resgate da história da colônia japonesa, que é tão importante para a construção da nossa Capital e de tudo que temos feitos”, anunciou a prefeita Adriane.

Para Azambuja o projeto é a realização de um sonho antigo dos feirantes. "Mais uma obra importante para Campo Grande que vamos contribuir. A Feira Central faz parte da história da cidade. Este projeto lembra o Mercado Central de Barcelona, vai ser uma obra arrojada, com arquitetura bonita. O local vai atrair mais turistas e terá uma espaço mais adequado para quem trabalha. É um empreendimento muito sonhado pelos feirantes", afirmou o governador.]

A prefeita explicou que é necessário o aval da Caixa para iniciar, pois o projeto conta com recursos federais viabilizados para o município por uma emenda da bancada federal.

Obra

Na primeira etapa será implantada a  estrutura elétrica e hidráulica que atenderá as futuras instalações, além de toda a estrutura física . O  térreo, com 5,5 mil m² de área construída, será reservado para as 58  bancas de hortigranjeiros e o espaço de venda dos demais produtos.

No segundo pavimento, com 6 mil metros quadrados, haverá  um  espaço multiuso de 700 m² destinado a eventos como apresentações musicais e artísticas. O espaço  terá arquibancada retrátil e uma praça na entrada em referência ao Japão e  anfiteatro ao ar livre.

No pavimento superior também haverá  um setor de alimentação, com 2,8 mil m²  divididos em 30 restaurantes centrais, com capacidade para 920 lugares. Haverá uma  praça de alimentação dividida em 10 setores. Todo o complexo terá um estacionamento para 500 veículos.

A Feira Central, que é Patrimônio Cultural e Imaterial do Município, é gerida pela Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande, sob o comando de Alvira Appel.
 

 

Patrimônio

“A “feirona”, como é conhecida, existe há mais de 90 anos. Já funcionou no local onde hoje é o Mercado Municipal, passou em seguida para a Avenida Calógeras, Rua Antônio Maria Coelho e, em 1966, se estabeleceu na Rua Abrão Júlio Rahe até ser transferida em 2004, para a esplanada da ferrovia, onde se mantém até hoje.

Há 5 anos, um grupo de estudos com técnicos da Prefeitura, Sebrae, Instituto do Patrimônio Histórico e representantes da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande, que administra a estrutura, começou a trabalhar no projeto de modernização. A feira tem 350 alvarás e gera 800 empregos diretos.

A concepção do novo projeto tem dois elementos chave. A cobertura lembrará  uma oca indígena e será feita de madeira. A base da estrutura evoca o navio Kasato Mar, que trouxe os primeiros imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil, em 1908.