Polícia

Depois de duas horas, adolescente que sumiu no Jardim Canguru é encontrada

"Ela falou que fugiu de casa porque foi abusada pelo avô", contou o caseiro que encontrou a jovem

28 DEZ 2022 • POR Brenda Assis e Sarah Chaves • 17h29
João Rodrigues, pai da adolescente - Brenda Assis

Depois de mais de duas horas de buscas, a adolescente de 14 anos que sumiu no Jardim Canguru foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros, bem e desorientada. A menina entrou no córrego após a mulher com quem estava hospedada ligar para seu pai. No entanto, a adolescente não queria voltar para casa, onde mora o avô, acusado, pela própria menina, de abuso.

A jovem então entrou no córrego e andou por cerca de 3km, aproximadamente duas horas até ser encontrada pelo caseiro Joaquim Salor Neto. Ele conta que acolheu a adolescente e foi orientado pelo patrão a chamar a polícia. “Ela falou que fugiu de casa porque não queria ficar la, porque foi abusada pelo avô dela. Eu aconselhei ela a voltar, pois os pais podiam estar preocupados”.

O tenente Wellington Gomes do Corpo de Bombeiros conta que encontrou a menina através da estratégia de busca da equipe que refez os passos da jovem. “Dividimos três equipes, uma de cada lado e uma dentro do córrego, através da pegadas fomos seguindo o caminho que ela poderia ter feito dentro do córrego e no final do percurso, tema casa que um senhor estava cortando a grama e ao perceber a menina, cuidou dela até a chegada das autoridades”, a adolescente foi levada até uma unidade de saúde. 

Foram empenhados 12 militares nas bucas em terra e na água. Os bombeiros ainda contaram com ajuda de drones e um caiaque.

O pai, João Rodrigues, segurança aposentad, comentou apreensão em espera pelas buscas. "Eu estava com medo de receber outra notícia, e por causa da chuva e aumento da agua do córrego comecei a me preocupar mais ainda".

A irmã Thaynara de 28 anos, conta que a família soube do abuso cometido pelo avô há poucos meses, e que a mãe procurou ajuda no conselho tutelar, sem informar se a Polícia Civil foi, ou não informada. “No conselho Tutelar indicaram para minha mãe levar ela no psicólogo, além disso, ela prefere ficar comigo, mas ela fica com isso na cabeça. Meu  avô está de cama, ela não fica muito lá, estuda o dia todo e depois vem para minha casa”, ainda segundo relato da irmã, a menina nunca tinha tentado suicídio, apenas mutilação com a unha, e desta vez com uma faquinha de serra.

JD1 No Celular

Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 e acompanhe em tempo real todas as notícias. Para baixar no IOS, clique aqui. E aqui para Android.