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Ano sangrento: MS registra 43º feminicídio em 2022 e bate recorde

Na Capital o cenário de mulheres mortas, pelo simples fato de serem mulheres, registrou 12 casos, até hoje (21)

21 DEZ 2022 • POR Brenda Leitte • 16h10
Estado bate recorde de feminicídio - Foto: Divulgação

Cooperando para uma triste estratégia de violência, Mato Grosso do Sul registra recorde de feminicídio em 2022. Antes mesmo de o ano encerrar, já foram registrados números maiores que em 2021. Em Campo Grande, o cenário de mulheres mortas, pelo simples fato de serem mulheres, também não difere, onde são somados 12 casos até hoje (21). Totalizando 43 feminicídios no Estado este ano.

Na tarde desta quarta-feira mais um caso que choca a sociedade aconteceu na Capital. Uma jovem, identificada como Cláudia Franciele foi encontrada já morta com sete facadas no bairro Jardim Columbia. A vítima teria sido morta pelo marido Kaio Vinicius, que foi morto logo em seguida, nesta quarta-feira (21), na BR-163 próximo a Jaraguari, ao ser atropelado por um caminhão enquanto fugia, depois de ser esfaqueado 18 vezes pela mulher, durante uma suposta discussão do casal.

De acordo a polícia que cuida do caso, a arma utilizada para esfaquear o rapaz foi a mesma utilizada para matar a mulher. Crime esse que foi dado como feminicídio pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Considerado o ano mais “sangrento”, mesmo em meio a campanhas de combate à violência doméstica e ao feminicídio, os números são alarmantes em MS. Conforme já noticiado pelo JD1, segundo a delegada da Especializada de Atendimento à Mulher, Rafaela Lobato, a realidade ainda assusta a população.

Sobre o cenário ela reiterou o trabalho e esforço investido acerca da realidade. “Nós registramos muito boletins de ocorrência, estamos participando de muitos eventos preventivos, mas não temos o resultado na questão repressiva. Infelizmente ainda acontece”, declarou Lobato.

 

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