Geral

Estudo vai identificar os 'hotspots' das onças e de outros animais no Pantanal

Biodiversidade na Serra do Amolar é monitorada por Instituto Homem Pantaneiro

21 DEZ 2022 • POR Brenda Leitte, com G1 Notícias • 14h50
Onça-pintada flagrada pelo monitoramento do IHP - Foto: IHP/Divulgação

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a BrazilFoundation fizeram uma parceria para monitorar a biodiversidade na região da Serra do Amolar, uma das áreas mais preservadas do Pantanal em Mato Grosso do Sul. Os levantamentos e atividades estão acontecendo na área da Rede Amolar, que foi criada em 2008, por iniciativa do IHP e, atualmente, é formada por áreas com múltiplos usos e status de conservação na região.

O trabalho é feito com o auxílio de cameras trap (armadilhas fotográficas). Esses equipamentos possibilitaram que os pesquisadores já identificassem diversos animais da fauna pantaneira passeando “despretensiosamente” pelas áreas monitoradas. Onças-pintadas, capivaras, queixadas, tatus canastra e antas são alguns dos animais flagrados pelas armadilhas.

“Com os levantamentos, vamos determinar hotspots, locais que concentram alta biodiversidade e presença de espécies bioindicadores preestabelecidas. Outro objetivo nosso, durante as pesquisas, é listar as espécies de aves migratórias e apontar qual o período de ocorrência delas na região”, explica Grasiela Porfírio, coordenadora do monitoramento.

Região fragilizada

Mesmo após a criação da Rede Amolar, que incorporou áreas conservadas no entorno do Parque Nacional do Pantanal, a biodiversidade da região está fragilizada pelos incêndios florestais, por exemplo.

“Conseguimos mais uma parceria em prol da biodiversidade desta região única do nosso país. A intenção é sempre valorizar os recursos naturais, pensando no Projeto Alto Pantanal. Esta é mais uma iniciativa em prol da conservação do bioma pantaneiro”, afirmou o presidente do IHP, Ângelo Rabelo.

Coordenadora técnica do IHP, Angélica Guerra explica que será monitorada a ocorrência das espécies, além de identificar as áreas sujeitas a alterações antrópicas e também a sazonalidade de processos ecológicos nas áreas da Rede Amolar.

“Com esta parceria, pretendemos contribuir para a proteção da biodiversidade do Pantanal, aumentando a área de proteção efetiva em torno do parque nacional e fortalecer as ações nas áreas protegidas da Rede Amolar”, garante.

 

Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 e acompanhe em tempo real todas as notícias. Para baixar no IOS, clique aqui. E aqui para Android.