Brasil

Caos à vista: Greve começa nas empresas aéreas dia 19

Pilotos e comissários vão cobrar reajuste no fim de ano

16 DEZ 2022 • POR Sarah Chaves, com informações do Estadão • 12h50
Foto: Evelson de Freitas / Estadão

Foi aprovado por unanimidade por pilotos e comissários em assembleia na quinta-feira (16), a realização de uma greve a partir da próxima segunda-feira (19), segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

O sindicato afirma em nota, que a categoria quer recomposição das perdas inflacionárias e um ganho real nos salários, de forma a compensar as perdas nos dois anos de pandemia, “que foi de quase 10%” e reivindica que as empresas “respeitem os horários de início e de término das folgas”. Segundo o presidente do SNA, Henrique Hacklaender, as empresas estão com os preços das passagens no mais alto patamar dos últimos 20 anos e mesmo assim “reduziram o custo de folha de pagamento em mais de 30% se comparado com os demais custos”.

A paralisação está prevista para ocorrer das 6h às 8h nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Rio-Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza, por “prazo indeterminado”, ainda segundo a entidade. As decolagens com órgãos para transplante, enfermos a bordo e vacinas prosseguirão normalmente.

Em nota, a Latam afirmou que está em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas desde o início de setembro para a “construção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)” e que aguarda a convocação de uma assembleia pelo sindicato para a votação dos tripulantes da empresa.

O Sindicato das Empresas Aéreas (SNEA) divulgou uma nota na qual afirma que o preço das passagens foi fortemente afetado nos últimos anos por conta de pandemia, conflitos na Europa, desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço do petróleo. 

Mesmo assim, o sindicato que representa as empresas disse que sua última proposta, que foi recusada, propunha reajuste de 100% do INPC para piso salarial, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de garantir a data base 1º de dezembro e todas as cláusulas financeiras e sociais da Convenção Coletiva enquanto as negociações estivessem em curso.

Ao Estadão, a SNEA informou que o Sindicato dos Aeronautas não enviou nenhuma contraproposta. A Gol seguirá o mesmo posicionamento do SNEA, e a Azul não respondeu.

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