Justiça

Denúncias de assédio eleitoral continuam mesmo com o fim das eleições

Relatos subiram quase 10 vezes em relação ao registrado em 2018

15 DEZ 2022 • POR Pedro Molina • 15h27
Foto: Divulgação/MPT

Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgados nesta quinta-feira (15), mostram que o órgão continua recebendo denúncias de assédio eleitoral em empresas, subindo de 2,3 mil para 3,2 mil mesmo com o fim das eleições deste ano.

As informações foram apresentadas em um relatório entregue pelo procurador-geral do MPT, José de Lima Ramos Pereira, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

“Até agora foram 3,2 mil denúncias, sendo que os casos continuaram a ser relatados após as eleições. Isso significa que algumas pessoas só denunciaram depois, mas outras ainda estão sofrendo assédio eleitoral, perdendo seus empregos por não concordar com algum candidato”, explicou o procurador-geral.

Em 2018, foram registradas 232 acusações desse tipo, número 10 vezes menor que o registrado neste ano, e no relatório o MPT explicou que ações o órgão vem tomado para combater o assédio eleitoral.

“Nada é igual ao que ocorreu em 2022. O que vem sendo concluído é que nós estamos diante de uma nova situação. Será que os empregadores que fizeram isso acreditam que criaram uma nova situação? O principal foco das nossas ações é o pedagógico, punir quem tem que ser punido para que não volte a ocorrer nas próximas. Todos têm que ter a liberdade de escolher seu voto. O MPT fez sua função”, completou Pereira.

 

Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 e acompanhe em tempo real todas as notícias. Para baixar no IOS, clique aqui. E aqui para Android.