Geral

Prisão de indígena provoca protesto e tentativa de invasão em sede da PF

Confusão de manifestantes começou após prisão decretada por ministro do STF

13 DEZ 2022 • POR Vinicius Costa • 08h55
Policiais precisaram redobrar segurança - Adriano Machado/Reuters

A prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, na noite desta segunda-feira (12), decretada pelo ministro do STF (Superior Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, causou revolta em manifestantes e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que iniciaram uma onda de protestos em Brasília, no Distrito Federal.

O STF divulgou que o cacique Serere é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.

O indígena teria realizado nos últimos dias manifestações de cunho antidemocrático em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está hospedado.

Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.

O protesto, que contou com a tentativa de invasão na sede da Polícia Federal, resultou no fechamento do Setor Hoteleiro e parte do Eixo Monumental. A invasão, no entanto, foi controlada por unidades da Polícia Militar que estavam no local, mas os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou, por meio de nota, que as forças de segurança reforçaram a atuação em toda área central de Brasília "para controle de distúrbios civis, do trânsito e  de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central".

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