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JD1TV: Manifestantes bloqueiam vias e pedem revisão de votos em Campo Grande

Com interdições em várias vias do Estado e do Brasil, bolsonaristas afirmam que houve "fraude" nas urnas

31 OUT 2022 • POR Evelyn Thamaris e Sarah Chaves • 11h49
Manifestação na BR-163 em Campo Grande - Foto: Sarah Chaves

A semana iniciou caótica nas estradas de Mato Grosso do Sul, Campo Grande é uma das que amanheceu com bloqueios realizados por cidadãos civis em conjunto com caminhoneiros que não aceitam o resultado democrático das eleições para presidente e pedem revisão de votos sob alegação de que as urnas foram fraudadas.

Na manhã desta segunda-feira (31), eleitores do atual presidente Jair Bolsonaro fecharam o trecho da BR-163 na Capital, próximo ao shopping Bosque dos Ipês. Com montes de terra, troncos de madeira e carros atravessados, o trânsito está parcialmente interrompido. “Eu acho que foi roubado essa eleição e a gente vai reivindicar isso aí, revisão de votos, tudo”, disse Augusto, caminhoneiro há 26 anos, presente no local durante esta manhã.

Conforme apurado pela equipe de reportagem do JD1, os manifestantes pretendem manter os bloqueios por pelo menos 72 horas, como afirmou um deles, no entanto, alguns veículos estão sendo liberados. “A gente quer alguma manifestação do presidente Bolsonaro, esperando ele falar alguma coisa. A gente quer um parecer do nosso governante para ver o que vai fazer", disse Augusto.

“Não concordo com a urna, é claro que foi roubado. Tá claro que essa Justiça tem partido político. Que democracia é essa que os poderes favorecem um candidato, não existe isso!”, declara um rapaz presente no local que se diz morador da região e descontente com o resultado.

Outras pessoas presentes afirmam que as urnas devem ser revistas e auditadas publicamente, pois segundo eles está claro que houve manipulação e roubo na contagem de votos, o que teria favorecido o candidato eleito. “Tem que descobrir a falha, pois que ‘teve teve’. Aqui é uma resistência civil, tem calheiro, caminhoneiro, pedreiro, marceneiro, sorveteiro, tem de tudo, aqui é uma paralisação brasileira, não é de uma classe”, ressalta o arquiteto Sergio Luiz Machado de 48 anos.

Dentre as várias alegações estão a de que os manifestantes representam todo o povo e de que não se trata de paralisação de caminhoneiros. Afirmam representar um ideal geral daqueles que não querem um "país comunista" e sim o direito à liberdade. A maioria que está nas barreiras, alega que permanecerá no local até receberem um posicionamento direto de Bolsonaro.

Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no local e organiza o fluxo do trânsito. Em atualização as condições na BR-163, o trecho está fechando, com passagem apenas para veículos de emergência e carga viva.

Bloqueios

Conforme as últimas atualizações da PRF, até o momento foram identificados 6 loqueis em Mato Grosso do Sul e quatro em Campo Grande. Confira locais e condições:-BR 163, km 490, quantidade de manifestantes 60; (Campo Grande): Veículos de emergência e carga viva com livre passagem. Equipe PRF no local.

BR 163, km 550, quantidade de manifestantes 50; (Bandeirantes): Veículos de emergência e carga viva com livre passagem. Equipe PRF no local.

BR 163, km 614, quantidade de manifestantes 100; (São Gabriel do Oeste): Veículos pequenos passando por dentro da cidade. Equipe PRF no local.

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