Polícia

Jovem mata desafeto com tiro nas costas no Jardim Centenário

Autor relatou ter desavença com a vítima após ele ter dado um soco em sua boca. Ele comemorou morte ao dizer "ainda bem, tá feito"

15 JUL 2022 • POR Vinicius Costa • 08h35
Disparos aconteceram na rua Maria Del Horno Samper, no Lageado - Reprodução/Google Maps

Edijalma Hercules dos Santos, de 32 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) ao ser atingido por um tiro nas costas que transfixou seu peito, disparado pelo jovem Walter Eduardo Ferreira, de 21 anos, após desavenças passadas entre eles e o caso aconteceu na rua Maria Del Horno Samper, no bairro Parque do Lageado, em Campo Grande.

No entanto, a vítima chegou a ser resgatada por conhecidos, sendo colocado em um carro na busca por um atendimento, quando cruzaram com uma viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na rua Regeneração, no Jardim Centenário, que seguia para a ocorrência. Porém, Edijalma não resistiu e morreu após tentativa de reanimação no local.

De acordo com o boletim de ocorrência, uma testemunha que presenciou o crime relatou para os policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) que Walter estava em uma conveniência e em determinado momento a vítima teria chegado no local, quando foi surpreendida com vários disparos feitos pelo autor.

Um desses disparos atingiu as costas da vítima, que saiu correndo em direção a casa da esposa, que passou a gritar por socorro e a testemunha teria pegado o carro e ajudado a socorrer Edijalma.

Com informações sobre o crime, isso na rua Regeneração, a equipe do GOI passou a buscar detalhes do autor, onde mais testemunhas informaram que Walter morava na favela dos anjos, bem próxima onde aconteceu os disparos, inclusive, detalharam a vestimenta e o barraco em que ele morava.

No local, encontraram o barraco descrito por populares e escutaram a conversa que Walter estava tendo com a mãe sobre não ter conhecimento exato se havia matado ou não Edijalma, pois viu que ele conseguiu sair correndo e não teria ido atrás porque estava sem munições.

A equipe da polícia decidiu fazer um cerco no barraco e efetuou a abordagem, fazendo a prisão do autor do homicídio. Durante a sua detenção, Walter insistia em ter conhecimento sobre a vítima e quando recebeu a confirmação da morte, comemorou e disse em bom tom. "Ainda bem, tá feito, não vai mais bater na cara de homem".

Que apresentada as versões, o autor relatou que já tinha se desentendido com a vítima e em uma dessas desavenças, Edijalma teria desferido um soco na boca de Walter. A arma usada no crime foi entregue aos policiais pela mãe, no qual se tratava de um revólver calibre 32.

Durante o trajeto para a delegacia, o acusado chegou a mudar a versão dizendo que seu irmão menor é quem teria efetuado os disparos.

O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil e homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido na Depac Cepol.

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