Polícia

Polícia chegou no momento em que professor baixava vídeos de pornografia infantil

Acusado compartilhava vídeos com outras pessoas na internet e era bastante ativo na busca por conteúdo

18 MAI 2022 • POR Vinicius Costa e Taynara Menezes • 12h58
DEPCA realizou operação contra abuso e exploração sexual - Divulgação/Polícia Civil de MS

O professor de educação física, de 37 anos, preso pelo crime de armazenamento e compartilhamento de conteúdos de pornografia infantil, foi flagrado baixando novos vídeos no momento em que a Polícia Civil chegou até a sua residência, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (18).

O acusado, que também é motorista de aplicativo, compartilhava esses vídeos na internet para que outras pessoas pudessem ter acesso por meio da rede P2P.

A delegada titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Fernanda Mendes explicou que o autor tinha manejo de informática, tanto que montou seu próprio computador e era bastante ativo com conteúdos desse porte.

"Ele estava baixando muito conteúdo, intensamente, sempre estava ativo baixando material de exploração e abuso sexual infantil. Tinham muitas crianças nos vídeos, pudemos constatar menor de 12 anos, de 3 anos, 6 anos, tinha muito material de abuso sexual", disse.

Em sua casa, foram apreendidos um computador e dois celulares contendo pornografia e sexo explícito envolvendo crianças e até adolescentes. Os equipamentos passarão por perícia para saber a existência de mais conteúdos, que naquele momento, tinham 17,5 gigas.

"No momento em que nós chegamos, ele estava compartilhando", afirmou Fernanda. A titular da especializada explicou que o homem era casado há 15 anos, mas a esposa não tinha conhecimento da prática delituosa.

Mesmo que estejam atrás dos computadores, a delegada explicou que ações do serviço de inteligência da Polícia Civil levaram a equipe até o autor na cidade.

Um designer gráfico, de 42 anos, também foi preso em flagrante. No seu imóvel, no Coophavilla II, a equipe da polícia apreendeu três celulares, cinco HDs externos e uma CPU, totalizando 50 gigas de conteúdos e a afirmação era de que sua esposa também não sabia do crime.

Eles responderão por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A polícia representou pela prisão preventiva dos dois acusados de abuso e exploração sexual, e ambos devem passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (19).