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Homem é agredido por desconhecido após falar sobre trabalho no feriado

De acordo com a família, o agressor não participava da conversa: 'a pessoa da mesa ao lado levantou e deu soco nele'

24 ABR 2022 • POR Brenda Leitte, com G1 Notícias • 15h22
Seu José ficou com hematomas em diversas partes do corpo - Foto: Thaelize Evangelista/Arquivo pessoal

Comentário sobre trabalho em dia de feriado fez o trabalhador rural José de Souza, de 57 anos, ser agredido em uma conveniência do município de Vicentina, na quarta-feira (20). De acordo com a família, ele e testemunhas contaram que o agressor ouviu o que foi falado, se levantou da mesa onde estava e então deu socos e pontapés.

'Meu pai tinha ido assistir jogo e fazia uma aposta com um amigo. Ele disse que postava R$ 200 que era o que tinha da venda de melancia e que no dia seguinte iria trabalhar de novo porque não era funcionário público. A pessoa da mesa ao lado, que é funcionário público, levantou e deu soco nele. Meu pai caiu e ele deu mais socos e chutes no rosto, cabeça, barriga, costela, todo corpo dele", conta a psicóloga Thaelize Evangelista.

As agressões só terminaram quando pessoas que estavam no local interviram. Seu José registrou boletim de ocorrência, foi em busca de atendimento médico e voltou para casa. No dia seguinte, conforme a família, ele "estava desorientado, não conseguia se equilibrar e saia muito sangue do seu nariz".

O trabalhador foi levado pela família para o hospital de Fátima do Sul, fez diversos exames e, de acordo com Thaelize, segue internado sem previsão de alta. "A consciência está voltando: hora oscila, ele pergunta onde está, qual meu nome, mas isso já está quase 80%. Meu pai segue cheio de hematomas pelo corpo e forte dores, porém acredito que o risco de ter alguma sequência permanente estão mais reduzidas".

Conforme Thaelize, seu José não fez qualquer alusão ao agressor, nem ao funcionalismo público, apenas disse que iria trabalhar porque depende financeiramente da venda do que produz no campo.

"Em nenhum momento meu pai se referiu ao agressor. Ser funcionário público não é ofensa, tanto que eu e minha irmã somos funcionárias públicas: eu estadual e e ela federal", finaliza.

Ainda segundo a família, o suspeito é morador na cidade e teria dito à polícia que ele e a vítima entraram em vias de fato na conveniência, tendo os ferimentos como resultado.