Após passarem alguns meses em reabilitação no CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres), sob os cuidados do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), alguns tamanduás foram transferidos para uma nova etapa antes de serem soltos na natureza.
O destino foi o Instituto Tamanduá, em Aquidauana, onde passarão por um processo de adaptação antes de serem reintegrados ao seu habitat natural. A iniciativa faz parte do projeto Órfãos do Fogo, que tem como missão resgatar e devolver ao habitat natural animais que sofreram com queimadas, atropelamentos e outras ameaças. A equipe do Hospital Ayty, composta por veterinários e biólogos, foi responsável pelo transporte dos tamanduás, garantindo que chegassem em segurança ao novo lar.
Histórias de superação
Cada tamanduá resgatado carrega uma história de luta. Entre os transferidos está um tamanduá-bandeira encontrado sozinho às margens de uma rodovia em Miranda, sem sua mãe por perto.
Outro caso marcante é o de um tamanduá-mirim que foi encontrado em Campo Grande pela Polícia Militar Ambiental (PMA). Frágil e desorientado, o pequeno animal passou por uma reabilitação cuidadosa antes de estar apto para a transferência.
Além deles, um segundo tamanduá-bandeira também seguiu para Aquidauana. Ele chegou ao CRAS em novembro de 2024 com suspeita de cinomose, uma doença grave que poderia levar a morte. Felizmente, exames descartaram a infecção, permitindo que ele seguisse para essa nova etapa de reintrodução.
Alimentação e comportamento natural
A reabilitação desses tamanduás não se resumiu a cuidados médicos. A equipe do hospital trabalhou para garantir que eles mantivessem comportamentos naturais, fundamentais para sua sobrevivência. Isso incluiu a oferta de alimentos próximos aos encontrados na natureza, como cupins e formigas.
"Buscamos cupinzeiros na mata e os oferecemos aos tamanduás para que eles mantivessem o instinto de procurar alimento. Esse tipo de adaptação é essencial para que possam se alimentar sozinhos no futuro", explicou a veterinária Jordana Toqueto.
O resgate de animais silvestres é um trabalho que envolve diferentes instituições, como o Corpo de Bombeiros, a PMA e o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap). Em casos de emergência, é fundamental que a população acione essas equipes especializadas e evite capturar animais por conta própria, pois isso pode colocar tanto o animal quanto a pessoa em risco.
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