No segundo dia do Júri dos acusados de matar o estudante Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, filho do ex-policial militar Paulo Xavier, serão ouvidas nesta terça-feira (18), as testemunhas de defesa de Jamil Name Filho, mandante do crime, o ex-guarda civil Marcelo Rios, e o policial Vladenilson Olmedo.
As primeiras testemunhas a serem ouvidas nesta manhã, são as elencadas pela defesa de Jamil Name, sendo três pessoas. Eliane Benitez Batalha, Leonardo Fabrício e Silvano Gomes.
Logo depois deve ser ouvida a defesa de Marcelo Rios que tem Orlando Oliveira e também tem Eliane, ela é considerada a testemunha chave da Operação Omertà que prendeu Jamil Name e Jamil Name Filho. Conforme a investigação, ela e o marido, o guarda municipal Marcelo Rios, produziam vídeos pornográficos com crianças.
Durante Operação Omertá, Eliane Batalha fez as revelações de que o arsenal de armas encontrado com a milícia pertencia a Jamil Name e o marido, Marcelo Rios tinha sido contratado para matar, o empresário Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão.
No decorrer do processo, Eliane acusou os policiais do Garras de tortura e pressão e seu depoimento passou a ser usado pela defesa dos réus para descontruir a acusação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
Programada a partir das 14h, Mário Cesar Velasques e Vagner Louro serão ouvidos como testemunhas de defesa de Vladenilson Olmedo que junto com Marcelo Rios teriam intermediado a contratação de assassinos de aluguel.
Julgamento
Este é o segundo dia do Júri que começou na segunda-feira (17) e ouviu as testemunhas de acusação arroladas pela Promotoria de Justiça.
No primeiro dia foram ouvidos a delegada Daniela Garcia que contou como começaram as mortes executadas com armas de grosso calibre na Capital a mando dos Names, e Tiago Macedo dos Santos que detalhou logística bem executada dos crimes realizados pela organização criminosa.
O delegado Carlos Delano, atual titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), foi a terceira testemunha de acusação. logo depois o pai de Matheus Coutinho Xavier e alvo da execução, Paulo Xavier relatou o dia do assassinato do filho, seguido do depoimento do escrivão da Polícia Civil, Jean Carlos.
O caso
Segundo relatório do Garras, o policial militar aposentado Paulo Roberto Xavier era o verdadeiro alvo da organização criminosa na execução que resultou na morte do seu filho.
A investigação aponta que o homem apontado como chefe da organização criminosa, o empresário Jamil Name, acreditava que Paulo Roberto Xavier tinha se aliado a um advogado, com quem ele tinha tido um desacordo em negociação de fazendas que pertenceram ao reverendo Moon localizadas em Jardim e em Campo Grande.
Por conta do revés nos negócios, Jamil Name, conforme o relatório da polícia, teria dado ordem para matar o advogado, a esposa dele e seu filho, além do ex-policial militar.
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