O subdiretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), tenente-coronel José Roberto, afirmou nesta terça-feira (14), não estar a favor da saída do Ministério Público Federal (MPF), do município de Ponta Porã, fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
De acordo com o MPF a saída provisória da cidade de fronteira para a unidade de Dourados tem validade de três anos para a “preservação da incolumidade física e mental dos agentes públicos que laboram na localidade”.
Para José Roberto, a instituição precisa estar à disposição da sociedade. “A instituição precisa estar onde o Estado se dispôs a estar. Existe um pacto federativo, Ponta Porã é uma cidade importante não só para o cenário estadual, mas para o federal”, afirmou, ciente de que essa mudança é passageira. “Por ser fronteira seca e acredito que essa questão de migração seja algo temporal. Tenho certeza que o MPF deva rever isso”, disse.
Segundo o subdiretor do DOF a instituição estadual necessita estar na fronteira, pois representa apoio à sociedade. “O MPF deve rever isso em virtude dos crimes pouco fora do tolerável, mas as instituições devem estar na linha de fronteira, a sociedade está aqui e precisa da tutela do estado”, ponderou José Roberto.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) , também já se mostrou contrária ao abandono do MPF em Ponta Porã. Ao JD1 Notícias o Conselheiro Federal da ordem na cidade fronteiriça, Luiz Renê Gonçalves do Amaral, afirmou que não há conhecimento de nenhum risco de segurança excepcional para os membros do MPF.
Luiz Amaral ressalta que sem o órgão, a sociedade terá mais dificuldades nos processos realizados. “Agora, a audiência com os três procuradores deverão ser feitas por videoconferência”, finalizou.
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