Nesta segunda-feira (16), o julgamento de Jamil Name Filho, conhecido como "Jamilzinho," pelo assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, o "Playboy da Mansão," continua, esse é o primeiro dia. Jamilzinho participa do julgamento remotamente do presídio em Mossoró/RN.
Os réus do caso incluem também Marcelo Rios (ex-guarda municipal), Everaldo Monteiro de Assis (policial federal aposentado) e Rafael Antunes Vieira (ex-guarda municipal), todos acusados de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Rafael Antunes Vieira enfrenta adicionalmente uma acusação de porte ilegal de arma. O executor dos tiros, Juanil Miranda Lima, permanece foragido.
Durante a sessão, o delegado Tiago Macedo dos Santos prestou depoimento. Segundo ele, Marcel Colombo, após um desentendimento com Jamil Name Filho e o pai de Jamil, falecido, sentia-se ameaçado. “O nome de Jamil já era levantado na 1ª Delegacia desde o assassinato de Colombo,” relatou o delegado. Ele explicou que havia a suspeita de que o crime era um “crime de mando” e que Jamil Filho seria o mandante.
A ex-mulher de Jamil Name, que frequentava a mesma comunidade evangélica que a namorada de Marcel, afirmou que Jamilzinho “não iria deixar essa briga passar em branco.” Marcel tentou se desculpar com a família Name, mas Jamilzinho ainda nutria “rancor” pela briga na boate Valley. Marcel se mudou, já que, segundo o delegado, a família Name tinha a prática de “expulsar” suas vítimas da cidade.
Familiares de Marcel afirmaram que ele “se sentia jurado de morte.” O delegado acrescentou que Marcel foi preso por descaminho em 2018, mas essa prisão não tinha relação com seu assassinato.
Durante a prisão, Marcelo Rios também foi detido. A esposa de Rios afirmou que ele recebeu R$ 50 mil para matar Marcel dentro da prisão, mas não conseguiu realizar o crime. Após a soltura, Jamilzinho exigiu que o assassinato fosse realizado fora da prisão, com Rios responsável pela organização e comunicação com Jamilzinho.
A perícia no celular de Marcelo Rios mostrou que ele pesquisou sobre Marcel dois dias antes do crime. Após o assassinato, Juanil Miranda Lima fez novas pesquisas sobre a vítima para verificar se a missão foi cumprida. A filha de Juanil afirmou que ele confessou ser contratado pela organização de Jamil para cometer os crimes. Após essa confissão, Juanil fugiu com medo de represálias.
De acordo com o delegado, Marcelo Rios fez 68 buscas sobre a morte de Marcel entre 00h41 e 07h39, antes da imprensa divulgar o crime. O depoimento também indicou que Rios e Jamil tinham ligações anteriores ao assassinato, evidenciadas por áudios enviados por Rios para seguranças da família Name. Em um dos áudios, mencionava-se “vai ter a maior matança do estado: de picolezeiro a governador.”
O delegado classificou Rios como ‘gerente’ da organização criminosa, responsável por contratar seguranças, gerenciar armamentos e fazer contato com os executores.
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