Responsável pelas investigações sobre a organização criminosa comandada pela família Name em 2018/2019, o delegado Tiago Macedo dos Santos foi a segunda testemunha de acusação ouvida nesta segunda-feira (17), no Júri que tem como réus, Jamil Name Filho, o "Jamilzinho", o ex-guarda civil Marcelo Rios, e o policial Vladenilson Olmedo pela morte do estudante de direito, Matheus Coutinho Xavier.
Tiago Macedo dos Santos conta que após a execusão que tinha como alvo Paulo Roberto Xavier (PX), houve uma grande movimentação na casa dos Names e que organização criminosa cuidava os passos do desafeto através de monitoramento tendo inclusive contratado o hakcer, Eurico dos Santos Motta que sabia de todos os movimentos do alvo.
Jamil zinho queria matar ' PX' por "trair" a família Name ao parar de atuar em sua segurança e ao fazer negociações com o advogado Antonio Augusto de Souza Coelho por uma fazenda no Parque do Bodoquena e trabalhar diretamente na segurança do advogado.
No entanto no dia do crime, os autores usando um Onix Branco foram completar a execução de PX, mas Matheus que tirava a caminhonete S10 do pai da garagem acabou baleado e morto.
A arma que foi usava na morte do Matheus não foi apreendida, a Promotoria questiona sobre a característica do crime. "Há uma mobilidade no uso dessas armas, justamente para que se caso fosse apreendida, elucidaria o uso no crime. Isso foi feito também com o carro, para que digitais e outros fatores não sejam encontrados. Foi algo planejado em todos os sentidos, um logística muito bem executada, quem fez sabia o que estava fazendo", explicou o delegado Tiago Macedo dos Santos, testemunha na ação.
Inclusive, conforme o delegado, as cápsulas apreendidas no local do crime não batem com o arsenal aprendido na residência da familia Name.
Ainda devem ser ouvidos no Tribunal do Júri, o escrivão de polícia Jean Carlos de Araújo e Silva, e os delegados João Paulo Natali Sartori, Carlos Delano de Souza e o pai de Matheus, Paulo Roberto Teixeira Xavier como informante.
Segundo informações, o julgamento deve durar a semana toda. O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, não descarta a possibilidade do julgamento avançar para o sábado, dia 21.