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Justiça

Mãe de Sophia se manteve calma após saber que filha estava morta, diz policial

Defesa de Stephanie afirma que a mãe estava em choque

04 dezembro 2024 - 11h17Vinícius Santos     atualizado em 04/12/2024 às 11h24

Durante o julgamento do Caso Sophia, o investigador Babington Roberto Vieira da Costa descreveu os primeiros momentos após a morte da criança de dois anos e sete meses, detalhando o comportamento dos envolvidos e a investigação subsequente.  Em seu relato, o policial detalhou as circunstâncias do atendimento à criança e o comportamento de sua mãe, Stephanie de Jesus da Silva, 26 anos (acusada no caso).

Segundo o investigador, Sophia foi levada à UPA do Bairro Coronel Antonino, já sem vida, no dia 26 de janeiro de 2023. A médica que atendeu a criança informou que ela estava morta há pelo menos quatro horas. Apesar da gravidade da situação, Costa afirmou que a mãe manteve uma postura calma e tranquila ao receber a notícia, sem demonstrar grandes reações. A tranquilidade de Stephanie chamou a atenção da equipe médica.

Costa relatou que foi informado por uma das médicas de que a mãe da criança parecia nervosa ao ser informada de que a polícia seria acionada para investigar a morte. O policial, no entanto, afirmou que não teve contato direto com Stephanie na UPA, pois ela estava em uma sala separada, com o acompanhamento de uma assistente social.

Além disso, Costa mencionou que, ao chegar à unidade de saúde, viu o corpo de Sophia coberto com um pano. No entanto, foi um colega de trabalho quem observou mais detalhadamente o corpo e notou marcas de agressão.

Após a notícia de que a polícia seria acionada, Stephanie se mostrou desesperada, o que motivou a busca por Christian Campoçano Leitheim, o padrasto de Sophia, também acusado de envolvimento no crime. Leitheim foi detido e levado à delegacia para ser ouvido. Durante as diligências, o investigado teria ficado dormindo na viatura, ciente de que seria interrogado. Além disso, o investigador mencionou que Leitheim falava sozinho sobre se matar.

Na delegacia, Christian Campoçano Leitheim teria confessado que, três dias antes da morte de Sophia, deu "uns tapas" na criança. A defesa, por outro lado, argumenta que a mãe estava em estado de choque e foi sedada, diz ter áudios e vídeos que comprovam seu desespero. O julgamento, que deve terminar nesta quinta-feira (5), continua com os dois réus no banco dos réus.

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