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Justiça

Mãe de Sophia apoiava 'correções' violentas do padrasto: 'deixar ela passar fome'

Na ocasião, Stephanie orientou o companheiro a deixar a pequena sem alimento enquanto Christian ria ao lembrar da surra que deu nos filhos

01 novembro 2023 - 10h24Brenda Assis e Luiz Vinicius    atualizado em 01/11/2023 às 11h15

A perícia no celular de Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos, acusados de terem espancado e assassinado a pequena Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, em janeiro deste ano, foi concluída pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). 

As mensagens trocadas entre o casal, apontam que Sophia e seu irmão, hoje com 5 anos, apanhavam por ‘besteira’ cotidiana de criança, como: não querer comer. Nas ocasiões mencionadas, Stephanie não seria contra as agressões em forma de correção que o companheiro aplicava nas crianças. Pelo contrário, ela ainda apoiava as ações.

No dia 19 de janeiro, uma semana antes de Sophia morrer, os irmãos teriam apanhado pois não quiseram comer o que estava sendo servido por Christian. Ele então, mandou mensagem para a companheira dizendo que os dois estavam de castigo e encaminhou uma foto deles em pé. Enquanto isso, Stephanie aprova a conduta dele.

Em um áudio, Christian conta que teria dado ‘chicotadas cabulosas’ nos pequenos. Ele ainda brinca, que “caso o cinto fosse de couro, as vítimas estariam sangrando”. Dizendo que Sophia comeu pouco, ele recebe uma mensagem da companheira, que diz para deixar a pequena “passar fome” e ficar “sem comer”, ainda dando apoio as ações e decisões tomadas pelo padrasto da menina.

De maneira violenta, em outro áudio, o réu chega a mencionar que as atitudes de Sophia ‘pioram’ quando ela voltava da casa do pai.

“Ela vai comer. Eles apanharam de cinto hoje, eu não vou nem fazer questão de encostar a mão, vai apanhar só de cinto agora", segundos depois, Christian ri da situação e faz um comentário ao lembrar das agressões. “Só que foi uma chicotada cabulosa [risos], estralou".

O relatório do caso foi adicionado nesta quarta-feira (1°) aos autos do processo. 

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