Adriano Garcia Geraldo, ex-delegado-geral da Polícia Civil, foi absolvido da acusação de ter efetuado disparos de arma de fogo em via pública durante uma perseguição a uma pessoa em Campo Grande, no bairro Santa Fé. O caso ocorreu em fevereiro de 2022. A decisão é do juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande.
O Ministério Público Estadual denunciou Adriano por disparo de arma de fogo, ameaça, dano, peculato e abuso de autoridade. A denúncia apontava que Adriano, conduzindo uma viatura policial descaracterizada, teria iniciado uma perseguição após a pessoa ter feito um gesto obsceno em resposta a uma buzinada.
Durante a perseguição, Adriano teria efetuado disparos contra os pneus do veículo da pessoa e a interceptado em dois momentos distintos, ordenando que ela saísse do carro. A acusação de perseguição foi rejeitada.
Adriano alegou legítima defesa e afirmou que a pessoa sabia que se tratava de uma viatura policial. Ele também argumentou que a pessoa danificou o dispositivo que continha as imagens do circuito interno de segurança do seu veículo, prejudicando a produção de provas.
O juiz absolveu Adriano de todas as acusações, acolhendo a tese da defesa de que ele agiu no exercício legal de suas funções. O magistrado considerou que não havia provas suficientes para condenar o ex-delegado, especialmente devido à falta de outras provas que corroborassem as declarações da pessoa envolvida na confusão.
Tanto o Ministério Público quanto a pessoa envolvida no caso podem recorrer da decisão.Além disso, Adriano já havia sido inocentado em um processo interno na Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
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