O Ministério Público Federal (MPF) abriu um Inquérito Civil para apurar a suposta ausência de repasse de recursos pela Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul (CUT/MS) no âmbito do Projeto de Assentamento Alambari. A investigação foi iniciada após denúncia da Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Alambari (APRAA), que alegou descumprimento de compromissos firmados em reunião no contexto de um Inquérito Civil anterior.
A denúncia relatou que, apesar de haver saldo remanescente nas contas da Caixa Econômica Federal, em Campo Grande, e do Banco do Brasil, em Sidrolândia, a CUT/MS não liberou os valores necessários para a continuidade das obras do projeto. A APRAA solicitou o repasse dos recursos para a finalização das obras, que devem ser realizadas em colaboração com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
O INCRA, por sua vez, informou que cabe à CUT/MS cumprir os compromissos assumidos, incluindo a liberação dos recursos, desde que as associações envolvidas regularizem a situação. Apesar de sucessivas tentativas de comunicação, a CUT/MS não apresentou resposta aos ofícios enviados pelo MPF, o que resultou na abertura do inquérito.
O MPF, por meio do procurador da República Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves, determinou a expedição de novo ofício à Superintendência Regional da CUT/MS e à presidência nacional da entidade, solicitando informações sobre os recursos e fixando um prazo de 15 dias úteis para a resposta.
Outro Lado - Ao JD1 Notícias, o presidente da CUT/MS, Vilson Gimenes Gregório, afirmou que a entidade irá responder ao MPF e que tentará agendar uma reunião para resolver a questão. Gimenes também informou que está aguardando extratos bancários para verificar os valores e reiterou a intenção de resolver o impasse de forma coletiva, discutindo o assunto com o MPF e as partes envolvidas.
O caso segue em andamento.
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