Preso em operação da Gaeco em 21 de maio, o presidente (afastado) da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, teve a prisão cautelar substituída por monitoramento, concedida pela desembargadora, Elizabete Anache da 1ª Câmara Criminal de Tribunal de Justiça.
De acordo com o advogado de defesa, André Borges, agora Cezário irá "cuidar da saúde", já que passa por uma cirurgia de cateterismo na manhã destaquinta-feira (6), pois está internado desde a noite de ontem (5), no Hospital da Cassems.
Na decisão, proferida hoje, a desembargador reconhece a imputação dos crimes de falsidade ideológica, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e furto qualificado.”Contudo, a despeito da suposta gravidade dos fatos –os quais ultrapassam as estreitas balizas deste remédio constitucional serão devidamente apreciados e comprovados (ou não), no decorrer da eventual ação penal a ser instaurada(e digo eventualmente porque ainda não houve admissibilidade da denúncia apresentada pelo GAECO), não há mais demonstração da necessidade da permanência da prisão cautelar”.
A desembargadora ainda leva em consideração não haver prejuízo ao regular desenvolvimento do feito, “mesmo porque não há notícias do emprego de violência ou grave ameaça na prática dos delitos imputados ao paciente”.
O pedido liminar de Habeas Corpus foi concedido com a substituição da prisão cautelar por monitoração eletrônica. Além disso, Cezário fica proibido de ter contato com os demais acusados e não pode sair do estado por mais de oito dias sem aviso, ou mudar de endereço, muito menos comparecer a sede da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.
Enquanto isso, o sobrinho de Cezário, de Valdir Alves Pereira, de 67 anos, acusado de participar de uma organização criminosa supostamente liderada pelo tio, permanece preso preventivamente.
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