O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), apresentou à Justiça um relatório complementar sobre o caso da pequena Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, morta em janeiro de 2023, em Campo Grande.
O relatório aponta que uma perícia realizada no aparelho celular de Christian encontrou imagens dele se masturbando no mesmo ambiente onde as crianças dormiam. As imagens foram feitas nos dias 19 e 20 de janeiro de 2023, uma semana antes da morte da vítima. Além disso, o relatório afirma que Christian tirou fotos dele nu e com o órgão genital ereto na residência dos acusados, localizada na Rua Sabino José da Costa, região da Vila Nasser, em Campo Grande, com a criança no local.
O GAECO também apontou mensagens trocadas entre Leithem e a mãe de Sophia, Stephanie de Jesus da Silva, onde eles discutiam o comportamento da menina que incomodava Leithem, citando até episódios de violência contra a pequena, como sufocamento dela no colchão.
Denúncia
O MPMS denunciou Christian e Stephanie por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, e também por estupro de vulnerável. De acordo com o MPMS, eles agiram com violência e maldade, causando lesões pelo corpo e na cervical da menina, provocando a sua morte. O MPMS também alega que Christian se aproveitava do fato de ficar responsável pelos cuidados das crianças, já que Stephanie tinha outro filho de 4 anos, para praticar conjunção carnal e atos libidinosos com Sophia.
Defesa
A defesa de Christian nega as acusações e diz que ele é inocente. Segundo a defesa, um exame pericial realizado no local do crime não encontrou nenhum indício que ligasse Christian ao estupro. A defesa afirma que a secreção encontrada no corpo da vítima era dela própria, e que o sêmen encontrado na colcha da cama onde o fato ocorreu era de outro homem, desconhecido.
Júri
A Justiça de Campo Grande pronunciou Christian e Stephanie para que sejam julgados pelo Tribunal do Júri, mas a defesa recorreu da decisão. O caso ainda será analisado pela Justiça. O MPMS ainda deve apresentar as contrarrazões sobre o recurso da defesa.
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