O presidente Jair Bolsonaro disse nessa sexta-feira (3) que o ataque dos Estados Unidos a um comboio no Iraque deverá impactar no preço dos combustíveis no Brasil.
O Estados Unidos realizou um ataque próximo ao Aeroporto de Bagdá que matou o comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. O que pode acirrar a tensão entre os países e provocar reflexos em todo o mundo.
Bolsonaro descartou a possibilidade de que iria tabelar o preço do produto para controlar impactos e informou que vai discutir o assunto com a equipe econômica e com o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
No Palácio da Alvorada, o presidente disse sobre o encontro. “Tive algumas informações, sobre o ataque, nessa madrugada, e vou me encontrar com o Heleno, do GSI, para me inteirar sobre o que aconteceu para, depois, emitir juízo de valor”.
Apesar da preocupação com os reflexos que a crise internacional pode trazer ao Brasil, Bolsonaro disse que não pretende tabelar o preço. “Que vai impactar, vai. Agora vamos ver nosso limite aqui, porque já está alto, e se subir mais, complica. Mas não posso tabelar nada. Já fizemos esse tipo de política de tabelamento antes e não deu certo. Vou agora conversar com quem entende do assunto”. O presidente tentou contatar o presidente da Petrobras, Roberto da Cunha Castello Branco, mas eles ainda não conseguiram conversar sobre.
Durante coletiva, Jair voltou a defender a quebra do monopólio da Petrobras. “Temos de quebrar o monopólio, para evitar a alta dos combustíveis. A distribuição é ainda o que mais pesa no preço, e depois o ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que é um imposto estadual”, acrescentou.
Bolsonaro também afirmou que o Brasil já chegou ao limite no assunto de cobrança de impostos. “Não dá para aumentar mais imposto no Brasil. Ponto final. No ano passado pagamos por dia mais de R$1 bilhão em juros. Foram R$ 400 bilhões por ano. A Europa foi reconstruída, pós 2ª guerra mundial, um montante desse. Então, por ano, pagamos uma reconstrução da Europa”, disse.
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