Em tempo de férias muitas pessoas procuram atividades aquáticas para se divertir. Mas quais são os cuidados quando o assunto é diversão na água? Preocupados com a qualidade o bem estar da comunida o JD1 foi procurar a ajuda dos Bombeiros para levar um pouco mais de informação para os banhistas nas férias.
De acordo com dados estatísticos do Corpo de Bombeiros foi registrado um aumento no número de afogamento em Mato Grosso do Sul de 2016 para 2017. No período de Janeiro a Dezembro de 2016 foram registrados 39 casos de afogamento no estado. No mesmo período em 2017 o número cresceu para 57 registros.
Para evitar que o número seja ainda maior vale reforçar algumas dicas de segurança. Dependo do lugar em que o banhista decide se divertir as dicas podem ser um pouco diferentes. Fique atento:
Em praias
1. Nade sempre perto de um guarda-vidas.
2. Pergunte ao Guarda-vidas o melhor local para o banho.
3. Não superestime sua capacidade de nadar - 46.6% dos afogados acham que sabem nadar.
4. Tenha sempre atenção com as crianças.
5. Nade longe de pedras, estacas ou piers.
6. Evite ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados, antes do banho de mar.
7. Crianças perdidas: leve-as ao posto de guarda-vidas 8. Mais de 80% dos afogamentos ocorrem em valas. A vala é o local de maior correnteza, que aparenta uma falsa calmaria que leva para o alto mar. Se você entrar em uma vala, nade transversalmente à ela até conseguir escapar ou peça imediatamente socorro.
9. Nunca tente salvar alguém em apuros se não tiver confiança em fazê-lo. Muitas pessoas morrem desta forma.
10. Ao pescar em pedras - observe antes, se a onda pode alcançá-lo.
11. Antes de mergulhar no mar - certifique-se da profundidade.
12. Afaste-se de animais marinhos como água-viva e caravelas.
13. Tome conhecimento e obedeçam as sinalizações de perigo na praia.
Em piscinas
1. Mais de 65% das mortes por afogamento ocorrem em água doce, mesmo em áreas quentes da costa.
2. Crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto. 89% das crianças não tem supervisão durante o banho de piscina.
3. Leve sempre as crianças junto com você caso necessite afastar-se da piscina
4. Isole a piscina – tenha grades com altura de 1.50m e 12 cm entre as verticais. Elas reduzem o afogamento em 50 a 70%.
5. Boia de braço não é sinal de segurança - cuidado!
6. Evite brinquedos próximos à piscina, isto atrai as crianças.
7. Desligue o filtro da piscina em caso de uso.
8. Use sempre telefone sem fio na área da piscina.
9. Não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego sem supervisão confiável.
10. Cuidado ao mergulhar em local raso (coloque aviso).
11. 84% dos afogamentos ocorrem por distração do adulto (hora do almoço ou após).
12. Mais de 40% dos proprietários de piscinas não sabem realizar os primeiros socorros – Cuidado!
Os bombeiros alertam para caso um acidente ocorra e a vítima esteja inconsciente, ligue 193 e receba orientações sobre procedimentos até a chegada dos bombeiros. A corporação ainda destaca que a mudança de comportamento pode ser chave para evitar acidentes.
Em caso de acidente
Reconheça a necessidade de socorro.
Chame por ajuda ou peça a outro para fazê-lo (ligue 193) ou avise alguém antes de tentar qualquer tipo de socorro.
Jamais tente socorrer a vítima se estiver em dúvida. Socorristas podem morrer junto com a vítima se estiverem despreparados.
Se você for a vítima
Mantenha a calma – a maioria das pessoas morre por conta do desgaste muscular desnecessário na luta contra a correnteza.
Mantenha-se apenas flutuando e acene por socorro. Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário você estará se cansando e acelerando o afogamento.
Acenar por socorro geralmente é menos desgastante e produz maior efeito.
No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar se levar para o alto mar, fora do alcance da arrebentação e a favor da correnteza, acenar por socorro e aguardar.
Ou se você avistar um banco de areia, tentar alcançá-lo.
Em rios ou enchentes, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as mãos e os braços para dar flutuação. Não se desespere tentando alcançar a margem de forma perpendicular tente alcançá-la obliquamente, utilizando a correnteza a seu favor.
Tente realizar o socorro sem entrar na água
Se a vítima se encontra a menos de 4 m (piscina, lagos, rios), estenda um cabo, galho, cabo de vassoura para a vítima. Se estiver a uma curta distancia, ofereça sempre o pé ao invés da mão para ajudá-la – é mais seguro.
Se a vítima se encontra entre 4 e 10 m (rios, encostas, canais), atire uma boia (garrafa de 2 litros fechada, tampa de isopor, bola), ou amare-a a uma corda e atire a vítima segurando na extremidade oposta.
Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura. Só então a puxe para a área seca.
Se for em um rio ou enchentes, a corda poderá ser utilizada de duas formas: Cruzada de uma margem a outra obliquamente, de forma que a vítima ao atingi-la será arrastada pela corrente à margem mais distante; ou fixando um ponto a margem e deixando que a correnteza arraste-a para mais além da mesma margem.
Se você decidiu entrar na água para socorrer:
Avise a alguém que você tentará salvar a vítima e que chame socorro profissional.
Leve consigo sempre que possível algum material de flutuação (prancha, bóia, ou outros).
Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslocamento.
É válida a tentativa de se fazer das calças um flutuador, porém isto costuma não funcionar se for sua primeira vez.
Entre na água sempre mantendo a visão na vítima.
Pare a 2 m antes da vítima e lhe entregue o material de flutuação. Sempre mantenha o material de flutuação entre você e a vítima.
Nunca permita que a vítima chegue muito perto, de forma que possa lhe agarrar. Entretanto, caso isto ocorra, afunde com a vítima que ela lhe soltará.
Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto.
Se você não estiver confiante em sua natação, peça à vítima que flutue e acene pedindo ajuda. Não tente reboca-la até a borda da piscina ou areia, pois isto poderá gastar suas últimas energias.
Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo não se exponha ou ao paciente a riscos desnecessários.
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