Um ano depois de matar a ex – mulher, Vilma Alves de Lima, 57 anos, Wilson de Lima, 70, vai a júri popular. O julgamento acontece nesta terça-feira (29) às 8h no Fórum no Tribunal do Júri e será conduzido pelo juiz, Carlos Alberto Garcete. O caso aconteceu em agosto do ano passado, o acusado não aceitou a separação e matou a mulher a facadas no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) no Aero Rancho – região sul de Campo Grande.
Vilma era funcionária do hospital, ela havia se separado do marido, Wilson. Ele não aceitou a separação e, no dia cinco de agosto de 2016, o acusado foi até o local de trabalho da mulher dizendo a ela que levaria parte do dinheiro da parcela do carro que eles haviam comprado juntos.
A vítima então foi até o estacionamento para pegar o dinheiro, já no local o suposto criminoso desferiu dois golpes de facas, um no braço e o outro na barriga. O autor fugiu em direção a BR-262 e lá tentou se matar jogando o carro em uma carreta, mas ele não morreu. Com isso Lima enfiou a faca em seu próprio peito, mesmo assim ele foi socorrido e sobreviveu.
Enquanto o agressor tentou suicídio, no Hospital Regional os médicos tentavam salvar Vilma, mas sem sucesso, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu. Depois do caso Wilson foi preso onde aguardou o julgamento.
Duplamente qualificado
De acordo com o processo, o Ministério Público pede que Wilson de Lima responda por homicídio duplamente qualificado, emprego de recursos que dificultaram a defesa da vítima e o feminicídio.
O júri é formado por sete pessoas, cidadãos comuns, no julgamento estarão presentes, além do juiz, tem a acusação, com os promotores do Ministério Público, o assistente de acusação, que é um advogado contratado pela família, e o advogado do acusado.
Todos terão uma hora e meia para apresentar suas teses, o Ministério Público tem direito a réplica e a defesa a tréplica. De acordo com uma advogada, que preferiu não se identificar, e já participou de casos onde havia um júri popular, todo o julgamento pode levar pelo menos oito horas.
“O júri acompanha os argumentos da defesa e da acusação, depois eles fazem um intervalo e votam. Os votos serão abertos para então chegar a decisão do processo, se acusa ou não o réu”, disse.
Ainda de acordo com a advogada, neste caso a decisão é toda do júri. “O acusado pode ser solto, há essa possibilidade, pois ele já cumpriu um ano de pena, ele tem quase 70 anos o que reduz a pena pela metade. Ele pode pegar um regime de semiaberto, mas isso são possibilidades, não significa que a penas será exatamente assim”, explicou a advogada.
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