O servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos), João Afif Jorge, foi preso na noite de ontem (20), por lavagem de recursos superiores a R$45 milhões em esquema investigado pela segunda fase da Operação Lama Asfáltica, a "Fazenda de Lamas".
Segundo uma investigação do MPE/MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), Afif era sócio do ex-secretário de Obras, Edson Giroto e da médica Mariane de Oliveira em três fazendas que foram adquiradas por R$7,4 milhões. A investigação apontou que as aquisições foram imcompatíveis com os subsídios dos referidos servidores públicos.
No começo deste ano, o MPE já havia apontando a proximidade dos envolvidos por causa da aquisição conjunta das propriedades. O Ministério Público apontou que o grupo, junto a outras pessoas, faziam lavagem de recursos superiores a R$45 milhões por meio de fazendas em nomes de laranjas. O dinheiro era recurso público destinado a obras públicas estaduais. Giroto, João Amorim e outras 11 pessoas também foram denunciados e estão presos desde o dia 10 de maio, quando a fase da operação foi deflagrada.
A investigação revelou que uma organização atuou de 2007 até 2014 na secretaria de Estado de Obras e na Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento), voltados ao desvio de recursos públicos do Estado, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da União.
Afif foi preso por volta das 20 horas da noite de ontem (20) por determinação da 3º Vara Federal. O servidor foi encaminhado até a Superintendência da Polícia Federal e será transferido para o Estabelecimento Penal durante a tarde do dia de hoje (21).
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