O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap/MS), André Luiz Garcia Santiago, falou nesta segunda-feira (30) das dificuldades dos agentes penitenciários após a retirada dos policiais militares pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
“Eu entendo que as ruas precisam dessa segurança, mas os presídios onde tem presos perigosos e integrantes de facções ficam desprotegido apenas com alguns agentes penitenciários que não podem usar arma de fogo”, explicou o presidente, afirmando que entende que as equipes foram realocadas para fazer a segurança das ruas.
Após visitas da Sinsap às penitenciárias, a instituição tem cobrado soluções, para a falta da Polícia Militar nos presídios abertos, semi-aberto e fechado no Mato Grosso do Sul.
Segundo o presidente da Sinsap, nos últimos dois meses foram registradas diversas fugas das penitenciárias dentro do Estado. “Houve duas fugas em Dourados sendo uma tentativa de fuga em massa envolvendo 34 internos, que foi evitada pelos agentes. Corumbá teve duas fugas, e no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, três de cinco detentos conseguiram fugir. Eles sabem que a segurança está precária e não tem medo de arriscar”, desabafou Santiago.
Sejusp
Em resposta a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), afirmou que se reuniu com a cúpula da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), nesta segunda-feira (30), onde ficou definido que será realizado um curso de capacitação de guarda e escolta para os agentes penitenciários.
A assessoria da Sejusp informou que com o acordo dos cursos de capacitação a Polícia Militar (PM) poderá reforçar a segurança dos presídios e aumentar o número de policiais nas ruas.
O comandante-geral da PM, coronel Waldir Ribeiro Acosta, deve se reunir nos próximos dias com a direção da Agência de Administração Penitenciária (Agepen), para definir a data e o número de agentes que serão capacitadas.
A Sejusp ainda destaca que dos 200 novos agentes nomeados, parte serão destinados para operacionalização de uma unidade masculina localizada no complexo da Gameleira em sua integralidade. Os demais deverão ser destinados à outras unidades do Estado."É importante ressaltar, que estudos já estão em andamento objetivando a nomeação do restante dos agentes formados".
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