O governador Reinaldo Azambuja vistoriou na segunda-feira (15) a obra de desassoreamento do lago maior do Parque das Nações Indígenas em Campo Grande, frequentado diariamente por cerca de duas mil pessoas e tido com um dos principais cartões postais do Mato Grosso do Sul. A revitalização do local teve início em junho deste ano e deve seguir até outubro.
Pelo menos 130 caminhões de terra saem do lago todos os dias. Até que a profundidade do espaço atinja mais de 2,5 metros cerca de 140 mil m³ de sedimentos serão retirados de lá. O trabalho é executado pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura Municipal. Na intervenção são investidos R$ 1,5 milhão – recursos compensação ambiental do Instituto de Meio Ambiente do Estado, o Imasul.
Reinaldo Azambuja destacou a qualidade técnica da obra que vai evitar o acúmulo futuro de sedimentos no fundo do lago. “Estamos fazendo uma ação coordenada para resolver o problema de vez e devolver a vida a esse espaço. Não adianta fazer só a dragagem, retirar os sedimentos e não cuidar dos bairros no entorno”, disse ele ao explicar as demais ações que serão feitas nas imediações do Parque.
As obras de revitalização do Parque das Nações Indígenas tiveram início com a limpeza do lago menor, que serve como barreira de contenção para evitar que a areia siga para o lago principal. Essa etapa já foi concluída. Agora, com a retirada dos detritos do lago maior, o poder público prepara as intervenções ambientais nos córregos Joaquim Português e Reveilleau, que passam pelo Parque das Nações.
Localizado no Parque dos Poderes, o Córrego Joaquim Português passa por um processo de erosão. Para recuperar a área degradada, o Governo do Estado autorizou a contratação de um projeto de revitalização que deve ser apresentado em 90 dias para ser licitado. Com essa ação, o Governo do Estado vai reduzir a entrada de água no local, diminuir a erosão e fazer a recomposição do espaço.
Já a recuperação do Córrego Revelleau, próximo do cruzamento das avenidas Mato Grosso do Hiroshima, será comandado pela Prefeitura de Campo Grande. No local será implantado um piscinão, inicialmente projetado para armazenagem de 22 mil m³ de água. Com as intervenções programadas, os lagos terão um papel importante no controle de enchentes de afluentes do Córrego Prosa.
Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck também vistoriou os pontos das obras e falou sobre as intervenções. Segundo ele, um conjunto de obrigações firmado entre os governos vão garantir a manutenção dos espaços ambientais. Detalhes técnicos que foram esquecidos no passado agora são levados em consideração.
“A mensagem importante para os sul-mato-grossenses é que o Parque está sendo revitalizado. O Governo do Estado tem uma preocupação grande em manter as condições ambientais do local, por isso é que são necessárias todas essas obras pra que não tenhamos outros assoreamentos e outras quedas de áreas de proteção ambiental. Estamos dentro do cronograma estabelecido”, garantiu.