Com base em um novo depoimento do empresário José Alberto Miri Berger, o Ministério Público Federal (MPF), pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a investigação contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), seja arquivada.
José Alberto Berger, empresário investigado por suposto pagamento de propina a Reinaldo por troca de benefícios fiscais, retirou a acusação e acrescentou que “foi vítima de golpe” de José Ricardo Guitti, o “Polaco”.
Berger é sócio-administrador da empresa Braz Pelo Comércio de Couros Ltda., e depôs que procurou o governador após sua empresa sofrer autuação por parte da Secretaria de Fazenda (Sefaz), em 2016. Na época, o governador orientou Berger a procurar a Sefaz para resolver o problema e, “no desespero de ver sua empresa prejudicada”, Berger conheceu o "Polaco" por indicações de pessoas ligadas ao ramo de frigorífico por ser uma pessoa próxima a Sérgio de Paula, secretário da Sefaz.
O JD1 Notícias teve acesso ao documento do dia 4 de junho assinado pelo vice-procurador Geral da República, Luciano Mariz Maia, que foi encaminhado para a ministra do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, onde consta depoimento do empresário afirmando que “anuiu à solicitação de pagamento feita por "Polaco", recebendo a promessa de que a sua empresa não seria mais autuada”, porém, ainda assim continuou a ser autuado pela Sefaz.
“Eu achava que o caminho da salvação do meu negócio era pagar o "Polaco", era dar o dinheiro para ele e que ia levar o dinheiro para as pessoas certas”, depôs o empresário ao deduzir que fora vítima de um golpe sem qualquer relação com o governador Reinaldo Azambuja.
Diante desse contexto, o Ministério Público Federal “constatou a inexistência de indícios mínimos de crime” e pediu o arquivamento do inquérito contra o governador.
Confira parte do pedido: