A Polícia Federal "identificou" dois esquemas utilizados pela organização criminosa presa na manhã desta terça-feira (27), em desdobramento da Operação Lama Asfáltica, para “esconder” os recursos supostamente desviados durante o governo de André Puccinelli. O grupo usaria o sistema de “dólar cabo” e lavagem de dinheiro atrás de notas frias.
O delegado Cléo Matusiak Mazzotti, esclareceu que, nesta fase, está sendo investigada a suposta “evasão de divisas de alguns indivíduos” que, após a deflagração das primeiras fases da Operação Lama Asfáltica, começaram a mandar dinheiro para o exterior. “O sistema detectou o depósito de valores em contas e de laranjas e empresas comerciais, no Paraguai”, disse o delegado que ainda investiga o envio de valores em espécie para o país vizinho. Mazzotti informou que o valor enviado para a conta no exterior gira em torno de R$ 4 milhões.
O dinheiro enviado para o exterior estava no nome de Romilton Rodrigues de Oliveira. Ele era usado como laranja do empresário João Baid. As investigações identificaram Baird como o verdadeiro dono da quantia.
Romilton tentou repatriar o dinheiro para que valor pudesse ser usado no Brasil de forma legal, porém, a Polícia Federal identificou que a quantia era incompatível com sua renda. A operação também identificou o uso de laranjas nas cidades de Dourados e Iguatemi. Segundo Mazzotti, eram usadas empresas comerciais como mercado, empresa de materiais para construção, entre outros, para desvios de recursos públicos. Ao todo, foram bloqueados R$ 22 milhões das contas bancárias dos investigados.
Operação Computadores de Lama
As investigações realizadas estão vinculadas à "Operação Lama Asfáltica", que tratam da prática de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, evasão de divisas, dentre outros, com desvios de recursos públicos federais.
Foram presos hoje o ex-secretáio adjunto de Fazenda, André Cance, o empresário João Baid e o seu sócio Antônio Celso Cortez. Ramilton Rodrigues encontra-se foragido.
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