O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Jonatan Pereira Barbosa, tem feito sucessivas consultas à diretoria e associados da entidade, no sentido de lançar um movimento de ajuda à pecuária local, através de novos programas de incentivos e também através de subsídios, pelos governos estadual e federal.
Para o presidente, o "subsídio da carne" seria uma forma de compensar parte dos prejuízos sofridos pelos produtores com as constantes oscilações (para baixo) do preço da arroba do boi, uma vez que esse desgaste se propaga em cadeia para todo o mercado do gado, alcançando todas as eras e raças.
Na avaliação do ruralista, se continuar essa situação – de depreciação do gado – por mais um ou dois trimestres, sem que nada seja feito para combatê-la, daí para frente será tarde para reverter o processo.
Na régua da Acrissul, o valor da arroba do boi gordo já caiu de R$ 133,00 (em média) em janeiro deste ano para R$ 128,00 (fechamento de junho), uma retração de 4%. Jonatan Barbosa lembra que em janeiro do ano passado, antes da Operação Carne Fraca, a arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul estava cotada em R$ 136,00 em média.
"De lá para cá, junta-se a isto – à Operação Carne Fraca – a decisão do Supremo Tribunal Federal de legalizar a cobrança do Funrural, a delação premiada dos Irmãos Batista e a suspensão da importação por alguns mercado importantes, como a Rússia, só empurrou para baixo o valor da arroba e com poucos movimentos de recuperação", historia o ruralista.
Para finalizar e justificar a necessidade de novos incentivos e subsídios à pecuária, Jonatan lembra também que o Mato Grosso do Sul alcançou um nível de excelência na produção de carne bovina. "Todo mundo quer a carne de Mato Grosso do Sul, considerada a melhor do Brasil, mas ninguém quer pagar o preço que ela realmente vale", pondera.
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