A deflagração da Operação "Back Door", que culminou com a prisão do secretário de Administração de Aparecida do Taboado, Kaiser Carlos Correa, originou-se de uma denúncia anônima sobre o favorecimento de alguns servidores, ex-servidores e o filho de um servidor, no concurso público de provas realizado no município.
Com base na denúncia, o Ministério Público ajuizou medida cautelar visando à obtenção de cópia dos gabaritos de todas as provas e das listas de presença dos candidatos.
Após análise dos cartões-resposta, confirmou-se que servidores, ex-servidor e familiar de servidor público obtiveram sucesso nas provas. Dois servidores inscritos para o cargo de Analista de Controle Interno obtiveram 100% (cem por cento) de acerto na prova, enquanto um ex-servidor e o filho de um servidor público, inscritos para o cargo de Engenheiro Civil, tiveram, respectivamente, 39 e 38 questões de acerto, do total de 40 questões.
Foram verificadas, também, irregularidades no processo licitatório, vez que o secretário municipal que indicou a comissão de concurso e as empresas para participarem do procedimento licitatório, também participou do concurso público e obteve acerto de 100% da prova.
Em razão disso, o Ministério Público ingressou com pedido de busca e apreensão, assim como de prisão temporária de um dos investigados, visando a colheita de outras provas. Na terça-feira (3), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) esteve na cidade de Aparecida do Taboado cumprindo os mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e em órgãos públicos e a prisão do secretário Kaiser Correa. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na comarca de Campo Grande/MS, na sede da empresa responsável pelo concurso público.
Ainda de acordo com a nota, os fatos estão sendo investigados em sigiloso tendo como objetivo apurar os delitos de fraude em certame de interesse público, fraude à licitação e associação criminosa, além de improbidade administrativa.
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