Cinco anos atrás, em uma terça-feira 9 abril, a violência e vários tiros de fuzil mararam para sempre uma família de Campo Grande, ao tirar a vida de um jovem inocente. A tragédia teve impacto mais amplo. Deixou uma cidade inteira comovida e indignada.
Matheus Coutinho Xavier tinha 19 anos. O estudante de Direito morreu vítima, por engano, de emboscada que, segundo a investigação concluiu, havia sido preparada para o pai dele, o ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, o PX.
Em julho do ano passado, mais de 4 anos depois, os réus foram finalmente julgados. A sessão durou três dias, situação inédita no Tribunal do Júri da Capital.
Outro divisor de épocas: pela primeira vez um integrante da família Name seria condenado por um crime de sangue.
O clã, durante décadas, ficou conhecido como o “dono” do jogo do bicho na Capital Sul-mato-grossense, a custo de outros crimes, entre eles mortes por encomenda, nunca investigados a fundo diante da conivência de agentes de segurança pública.
A morte de Matheus foi uma vendeta da família Name a PX, concluiu a operação Omertá, uma das maiores ofensivas contra o crime organizado já realizadas em MS.
A ação, patrocinada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio de força-tarefa da Polícia Civil, teve sete fases e produziu duas dezenas de ações contra uma centena de pessoas. Os processos seguem em andamento.
“Omertá, Caso Matheus”
Apelidado de “júri da década”, o julgamento dos acusados da morte de Matheus é pano de fundo de série documental produzida pelo departamento de Conteúdo da TV Morena, com estreia prevista para o mês de maio deste ano.
A partir do episódio do julgamento, a operação é destrinchada em “Omertà, Caso Matheus”, dirigida e roteirizada pelo jornalista da TV Morena Gustavo Arakaki.
Captação
Da chegada das equipes de segurança ao Fórum de Campo Grande até a divulgação do veredicto aos três réus, tudo foi gravado.
Entrevistas com personagens importantes da operação Omertá complementam o material. Mais de 20 profissionais estiveram envolvidos, inclusive viajando para fora do Estado para as gravações.
A mais emocionante delas é com a mãe de Matheus, a advogada Cristiane Coutinho, uma surpresa surgida nos últimos dias no contexto do júri.
Depois de ficar 4 anos em silêncio, ela decidiu atuar como assistente de acusação no plenário e seu desempenho foi considerado essencial para o resultado. Pareceu mesmo uma cena de filme de tribunal, sem medo do lugar-comum.
Quando e onde?
“Omertá, o caso Matheus”, vai ser exibida nos dias 17, 24 e 31 de maio, na TV Morena, logo depois do Globo Repórter. O conteúdo ficará disponível no Globoplay.
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