A mobilidade urbana foi debatida durante a segunda audiência pública sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Campo Grande na manhã desta quarta-feira (11).
A reunião iniciou com as palestras dos engenheiros civis, André Dantas e Aroldo Ferreira. O Plano de Mobilidade Urbana é um instrumento de regra do jogo, de como a mobilidade vai ser traçada, com esse plano, entre outras coisas, se viabiliza ou não o acesso a recursos federais. Nós como comunidade precisamos estar atentos as nossas escolhas e as consequências dessas escolhas”, explicou André Dantas, diretor técnico da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
Aroldo Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental de Mato Grosso do Sul (ABES-MS), ressaltou que o meio ambiente é o cenário para todas as atividades humanas."Qualquer Plano Diretor e Plano de Sustentabilidade Ambiental tem que discutir a questão da água, a água potável disponível é menos de 1%. O maior consumidor de água no Brasil é o agronegócio, precisamos buscar esse equilíbrio”, defendeu.
Já a representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Rosane Martinez, falou das alternativas para deficientes. "“Temos um número muito grande de carros na cidade, somos a oitava Capital que mais tem carro, nós ficamos com as seguinte alternativas, ou nós usamos o transporte público, porque não temos uma obrigatoriedade cumprida, que todas as empresas de táxi tem que oferecer 10 % de suas frotas adaptadas para deficientes, as empresas de turismo, os transportes rodoviários, ficamos reféns só do transporte coletivo, ou de termos condição de comprar nosso veículo adaptado e aumentar essa frota de carros já saturada", argumentou.
O vereador Ademir Santana, falou da importância das audiências na construção do Plano. “Mais de 50 % da nossa cidade está sem acessibilidade e com irregularidades, por isso esse plano está sendo discutido com a comunidade, falta ainda algumas coisas que vamos acrescentar, a Câmara está aqui para contribuir, vamos ajudar que esse plano seja feito da melhor maneira possível”.
Atualmente o projeto de lei tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com avaliação também nas comissões permanentes de Finanças e Orçamento e Meio Ambiente. Nas audiências realizadas pela Câmara em abril serão analisados todas as sugestões propostas pela sociedade e avaliadas possibilidades de emendas ao texto original. A previsão é que a votação ocorra em maio. Após a votação o texto retorna ao executivo que tem a prerrogativa de acatar as emendas ou vetá-las.
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