Sob o comando do presidente do Sindjus (Sindicato dos Servidores da Justiça de Mato Grosso do Sul), Dionizio Gomes Avalhaes, o grupo subiu as rampas de acesso aos blocos do Fórum fazendo barulho e munidos de faixas e cartazes.
“Vamos chamar os servidores para o manifesto”, afirma Dionizio.
A administração do Fórum tentou impedir a entrada dos manifestantes no início, mas os servidores conseguiram entrar no prédio, de forma pacífica. Mesmo em meio a paralisação, muitos servidores do Fórum continuaram com seus serviços normalmente e preferiram não aderir ao movimento.
De acordo com a analista de judiciário Márcia Saraiva, de 48 anos, menos da metade dos funcionários da Vara da Família aderiram à paralisação. Em outros setores do Fórum os serviços também continuavam sendo realizados normalmente, pelo menos até o início da tarde.
“Tem muito gente falando que não vai aderir ao movimento. Cada um tem um motivo, alguns são novos no serviço, outros nem são sindicalizados e não acreditam que vai dar em alguma coisa a paralisação”, diz Márcia.
Alguns servidores, que não quiseram se identificar, afirmaram que os chefes não liberaram para a participação no manifesto, mas mesmo assim eles preferiram não bater o ponto e descer para a paralisação. O dia de trabalho será descontado, segundo informação dos servidores.
A administração do Fórum informou que os atendimentos a população continuarão sendo realizados de acordo com a adesão dos funcionários de cada setor. De acordo com o Sindjus, durante a paralisação, que deve durar até o fim do expediente desta quarta-feira, será mantido apenas o plantão de atendimento emergencial conforme exigido pela lei de greve.
Das 54 comarcas de Mato Grosso do Sul, 31 aderiram totalmente a paralisação de hoje. As demais irão realizar paralisações parciais. Ônibus com servidores de Ponta Porã e outros municípios do interior do Estado também estão na Capital para o manifesto.
O grupo seguiu para o Tribunal de Justiça às 13h30 e continua com as ações de paralisação durante a tarde.
Reivindicações
Os servidores protestam por melhores condições salariais de trabalho e questionam o reajuste de 6% proposto ao judiciário.
Além das questões salariais, a categoria reivindica também que o expediente seja de doze horas com dois turnos, começando as 7h e encerrando às 19h.
O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Calos Santini, chegou a afirmar durante entrevista coletiva à imprensa que cortaria o ponto dos servidores que aderissem a paralisação. Em resposta às afirmações do presidente, o sindicalista afirmou que todos os trabalhadores estão preparados para isso. “É consequência”, afirmou.
Com informação do jornal eletrônico Campo Grande News.
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