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Longen defende adequação dos sindicatos industriais

A declaração foi dada em evento promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), transmitido por meio de videoconferência para todas as federações das indústrias do País

28 abril 2018 - 09h57Da redação

Na última quarta-feira (25), ao participar do “3º Diálogo da Rede Sindical da Indústria – Sustentabilidade Sindical”, promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e transmitido por meio de videoconferência para todas as federações das indústrias do País, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu a necessidade de adequação dos sindicatos industriais ao novo formato de associativismo.

“Estamos tentando nos adaptar as alterações de lei. Os sindicatos industriais que compõem a base da Federação das Indústrias têm procurado também atender as demandas das empresas aqui do Estado e ajustar as necessidades de cada uma, buscando desenvolver o associativismo em Mato Grosso do Sul e oferecendo produtos e serviços que atendam as nossas indústrias”, afirmou.

Já o diretor-corporativo da Fiems, Cláudio Jacinto Alves, reforçou que os sindicatos industriais precisam se reinventar. “Com o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, o que vai prevalecer serão os sindicatos profissionais, que realmente entregam algum resultado para as empresas associadas. Então a Fiems vem dando esse suporte para que os sindicatos se estruturem, com assessoria jurídica e com toda a estrutura do Programa Apoio Produtivo”, pontuou.

De acordo com o gestor do PDA (Programa de Desenvolvimento Associativo) da Assessoria Sindical da Fiems, Ulysses Cosenza, o encontro buscou fortalecer a atuação sindica, principalmente com o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. “Foram abordados pilares que podem fortalecer os sindicatos e Sesi e Senai, trazendo benefícios para as indústrias e os trabalhadores. E nós aqui da Fiems já desenvolvemos o Programa Apoio Produtivo, que busca fomentar o associativismo”, ressaltou.

Repercussão

Na avaliação do presidente do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul), Julião Flaves Gaúna, a discussão é de extrema relevância para a busca de soluções para manter os sindicatos vivos. “Esse encontro tem como objetivo fazer com que nossos líderes sindicais tenham a percepção de que é necessário estar mais próximo dos seus associados, para que possamos manter vivo o associativismo em todo o Brasil e assim dar seguimento a nossa principal atividade, que é fazer a cadeia produtiva gerar emprego e renda”, disse.

O presidente do Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda de Melo, comentou que toda a base sindical está se direcionando para o novo modelo de associativismo. “Obviamente, neste ano, todos vão sentir um nível de dificuldade financeira, mas também é a hora de se reinventar e criar um programa que consiga dar sustentabilidade aos sindicatos, prestando bons serviços aos seus associados”, considerou.

Para o presidente do Sindiplast/MS (Sindicato das Indústrias Plásticas e Petroquímicas do Estado), Zigomar Burille, o diálogo promovido pela CNI é muito positivo, principalmente diante da dificuldade que os sindicatos estão atravessando. “Estamos ainda perdidos nesse momento e um encontro como esse nos ajuda a tirar dúvidas, além de apontar possíveis soluções para garantirmos nossa sustentabilidade e permanecermos de portas abertas, cumprindo com nossa missão que é de dar suporte às indústrias associadas”, ressaltou.

Já o presidente do Siams (Sindicato das Indústrias da Alimentação de Mato Grosso do Sul), Sandro Luiz Mendonça, ressaltou que a ação da Fiems e da CNI em buscar novas receitas e apresentar alternativas é imprescindível para que os sindicatos se mantenham. “A partir do momento em que se acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical, a fonte seca. Então estamos cavando pequenas brechas para que encontremos pequenas novas fontes para que tenhamos o mínimo de sobrevivência, mas a tendência é que alguns sindicatos sejam fundidos”, finalizou.

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