As amostras dos petiscos caninos da marca Dental Care, da Bassar, que estavam sob análise no IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Fo-renses), da Coordenadoria--Geral de Perícias/Sejusp-MS, desde 15 de setembro deste ano, indicaram a presença da substância etilenoglicol, que quando ingerida, pode causar grave intoxicação e insuficiência renal, além de afetar o cérebro e o fígado, causando o risco de morte.
Conforme já noticiado pelo portal JD1, as investigações em Mato Grosso do Sul começaram após a morte da cadela de raça spitz alemão, no início de agosto de 2022, em Campo Grande, depois de ter ingerido o petisco da Dental Care. Contudo, a tutora do animal só decidiu por procurar pela polícia no dia 6 de setembro, após tomar conhecimento de outros casos semelhantes que estavam ocorrendo no Brasil.
O resultado da perícia saiu na última segunda-feira (17), e conforme consta o laudo obtido pelo JD1, as substâncias apontaram a presença do etilenoglicol, que se trata de um diálcool utilizado como um anticongelante automotivo. Uma vez ingerido, o produto é rapidamente absorvido pelo fígado.
Cabe destacar que, na cidade de São Paulo, também foi encontrada a mesma substância. Até o momento, existe a suspeita de que o item seja responsável pela morte de mais de 40 cachorros no país. Após o “escândalo”, empresas das marcas citadas recolheram os produtos de mesmo lote.
Conforme autoridades da Justiça, após a confirmação da substância encontrada, o caso se configura como uma infração relacionada ao direito do consumidor. A partir de agora, partes prejudicadas, ou seja, os tutores dos animais que ingeriram o petisco contaminado, deverão fazer jus a indenização por danos morais, o que será configurada a responsabilidade objetiva da empresa.
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