O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de 10 terapias alternativas, que serão oferecidas aos pacientes do SUS. As terapias são chamadas de Práticas Integrativas e Complementares (PICS), entre elas a Hipnoterapia (utilização de Estados Alterados de Consciência) é um método alternativo envolvendo hipnose terapêutica. Os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) terão acesso a esse tratamento que pode ajudar na prevenção de doenças como depressão e hipertensão.
O psicólogo, especialista em Medicina Comportamental e hipnoterapeuta, Valdecy Carneiro, explica que a Hipnose é uma das mais eficazes ferramentas para atuação na Psiconeuroimunoendocrinologia do indivíduo, ou seja, com a hipnoterapia é possível trabalhar a neuroplasticidade, a capacidade que nosso sistema nervoso tem de se refazer e de (re)criar novos caminhos neuronais.
A Hipnose Terapêutica pode ajudar o indivíduo a livrar-se de traumas, fobias, comportamentos indesejados, vícios, desbloquear aprendizados, melhorar concentração e memória, aperfeiçoar desempenhos, além de auxiliar no tratamento de transtornos: alimentares (obesidade, anorexia, bulimia, compulsões), de ansiedade (medos, fobias, TOC), de humor (depressão, distimia, bipolar), sexuais femininos e masculinos (frigidez, anorgasmia, dispareunia, vaginismo psicogênico, ejaculação precoce, impotência, entre outros).
Segundo o especialista, o acolhimento, a proximidade e o cuidado gerados, bem como maior facilidade de agendamento com os profissionais praticantes de PICs, gera uma maior humanização do atendimento.
A Hipnose já é reconhecida no Brasil por quatro Conselhos Federais: Psicologia (CFP), Medicina (CFM), Odontologia (CFO) e Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), segundo o especialista “Com essa inclusão como terapia alternativa pelo SUS, a Hipnoterapia, sem dúvida, recebe um reconhecimento e validação merecida no conjunto de práticas que promovem a saúde e o bem-estar biopsicossocial”, comenta Carneiro.
O SUS já oferecia desde desde 2006, os tratamentos de acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. No ano passado, foram incluídas mais 14 práticas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga. Agora, a lista conta com 29 práticas, com a inclusão de: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.
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